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7 de maio de 2014

VIA E-MAIL AO SITE MASSAPÊ INDO E VOLTANDO: "VAGABUNDO TEM PASSE LIVRE NA COOTMAM"

Terça-feira, 05 de maio, por volta das 16h30min embarquei no micro-ônibus da COOTMAM – Cooperativa de Transporte dos Motoristas Autônomos no trajeto Sobral-Massapê, me acomodando na última poltrona, ocasião que tão logo o motorista deu a partida do veículo, a cobradora gentilmente passou recolhendo a 2ª via das passagens. Na poltrona à minha frente, acomodado estava, um rapaz aparentemente alcoolizado, ainda que um trabalhador autônomo, naquele momento travestido de vagabundo, na acepção mais ampla do termo, que, uma vez abordado, disse que comprou a passagem, mas que perdeu, de forma que a simpática funcionária, pacientemente aguardou o folgado passageiro procurar o que não tinha. De prontidão ela preencheu e emitiu um novo bilhete, e o “dono da verdade” disse-lhe que não iria pagar duas vezes. Só foi a cobradora se dirigir para a porta de entrada do veículo, o homem, deveras, embravecido, quiçá, com o capeta nos couros, começou xingar meio mundo em alto e bom tom de voz, inclusive, à todo instante pronunciando expressões de baixo calão, desrespeitando senhoras, senhoritas e crianças que estavam bem próximas. O bebim valentão abria a janela do ônibus, de modo que entrava respingos de água (chovia bastante) incomodando o passageiro detrás, que pediu delicadamente reiteradas vezes para que ele fechasse a janela, em vão. Foi quando um destemido passageiro que se posicionava mais a frente, comprou a briga e tomou satisfação com o encrenqueiro. Pra quê! O velho leão rugidor, já sem juba, que mais parecia um cachorro vira-lata, daqueles que late, mas não morde, vasculhou sua mochila, e de posse de uma tesoura pequena, entrelaçou-a nos dedos, e improvisando um “soco inglês”, se sentiu o cara, o dono do mundo, fazendo gestos ameaçadores. O ignaro se sentia na casa da Mãe Joana, pois que, não passava de um estranho no ninho, um peixe fora d’água. De sorte que, o arruaceiro tranca rua, solicitou uma parada no distrito Mumbaba de Baixo, descendo do ônibus livremente. Fosse um cidadão de bem, um trabalhador desempregado, tão logo abordado sem a respectiva passagem, seria imediatamente “convidado” a descer do transporte coletivo, que, se resistisse, daria até caso de polícia. Coniventes, cobradora e motorista não realizaram nenhum procedimento, simplesmente ignorando o não tão grave incidente (felizmente), que incomodava a todos. Sem falar na péssima qualidade dos serviços prestados pela COOTMAM aos massapeenses, que dependem dela no dia-a-dia, com denúncias contumazes, longe de atingir os padrões mínimos de satisfação do usuário, notadamente pela falta de ônibus nos horários de pique e desorganização com falta de fila para embarque dos passageiros, causando um afronta, com total desrespeito à dignidade humana. Quanto ao forasteiro andarilho, que segundo um passageiro, disse-me que não é a primeira vez que ele apronta, dizia morar nesta “merda” (se referindo a Massapê), pelo fato de ter uma amante naquele aprazível distrito, me fazia crer ser artista plástico, artesão ou algo do gênero, pois, portava farto material de pulseiras, brincos e bijuterias, inclusive, se vestindo à caráter como manda o figurino, com o corpo completamente tatuado e pincings por toda a face, típico de um ripie contemporâneo (sem nenhuma discriminação), provou por a + b, que vagabundo tem passe livre na COOTMAM.
Ferreirinha de Massapê é também artista plástico, escritor e historiador.
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