O PSDB está dividido. De um lado, estão
os tucanos que preferem permanecer no governo de Michel temer, um
presidente bastante impopular, e se apoiam nas reformas para justificar sua
decisão. Do outro, estão aqueles que gostariam de se desligar do governo atual,
sair de perto de Temer e tentar a sorte nas eleições de 2018.
O Partido apoia o presidente desde o impeachment, mas se dividiu ao meio
na hora de autorizar ou não o avanço da acusação de corrupção contra o governo
que apoia. FHC, por exemplo, admite racha no
partido e diz que a situação é “ruim”
“Ali [na Câmara] já seria uma pré-condenação. Eu entendo que a investigação cabe ao Judiciário. O Judiciário pode fazer as investigações, como já vem fazendo” João Doria prefeito de São Paulo, ao ser questionado sobre a votação que barrou a denúncia contra Temer
Por outro lado, um grupo de economistas tucanos enviou uma carta a dirigentes do partido na qual pede que o PSDB saia da base de Temer, entregando os cargos que ocupa, e se reestruture “programática e eticamente”. Para esses economistas, o PSDB foi “incapaz de se dissociar de um governo manchado pela corrupção”. Gustavo Franco e Edmar Bacha, dois dos signatários da carta, foram da equipe que elaborou o Plano Real, na década de 1990.
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