24 de ABR 2020 - O presidente Jair Bolsonaro demitiu o
delegado Maurício Valeixo do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. A
decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24), mas
sem a escolha do substituto.
A mudança na PF estava sendo considerada
desde o início do segundo semestre de 2019 e chegou a ser vocalizada mais de
uma vez por Bolsonaro em entrevistas coletivas.
Aliados dizem que o ministro Sergio Moro pode
sair do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública caso não participe
da escolha do sucessor de Valeixo. Como o Congresso em Foco apontou em reportagem publicada na noite de
quinta-feira (23), militares do Palácio do Planalto buscam uma solução negociada
para a permanência do ministro.
Sergio Moro vai fazer um pronunciamento nesta
sexta-feira. De acordo com a assessoria do ministro, o evento está programado
para às 11 horas e será na sede Ministério.
Assessores palacianos disseram nesta manhã ao
Congresso em Foco que ainda não há definição oficial sobre o novo comando da PF
nem sobre a permanência ou não de Moro no governo. As conversas sobre o tema no
Palácio do Planalto devem tomar boa parte desta sexta-feira.
Os três mais cotados para comandar a Polícia
Federal são o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre
Ramagem, o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano
Bordignon, e o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson
Torres.
Aliados veem como remotas chances de Moro
ficar no governo
Sergio Moro deve anunciar nesta sexta-feira
que vai sair do comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Dois
senadores próximos de Moro e que têm contato frequente com o ministro ouvidos
pelo Congresso em Foco avaliam como
remotas as chances dele ficar no governo após o presidente Jair Bolsonaro
demitir Maurício Valeixo da direção-geral da Polícia Federal.
A decisão deve ser anunciada no
pronunciamento marcado opara para as 11
horas desta sexta. O nome apontado como preferido de Bolsonaro para ocupar o
cargo caso a saída realmente aconteça é o do atual ministro da Secretaria
Geral, Jorge Oliveira.
O ministro da Controladoria Geral da União,
Wagner Rosário, foi nesta manhã ao encontro de Moro para tentar convencê-lo a
ficar no cargo.
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