22 de MAR 2020 - Um tanto quanto ociosa, por apenas comprovar
o que é evidente, a pesquisa Datafolha divulgada nesta madrugada demonstrando o
apoio maciço da população a medidas restritivas destinadas a impedir a rápida
disseminação do Covid-19.
Isso é evidente nas ruas – quando a gente tem
de ir a elas – e nas redes sociais – só contrariada pela “robolândia”
presidencial que brinca com a ‘gripezinha’.
Mas há uma informação relevante nela.
É que apenas 37% deixaram de circular por
poderem suspender seu trabalho, a grande maioria deles pessoas de maior renda.
Esta é a parte da sociedade que pode, hoje,
praticar o isolamento que todos os especialistas em saúde publica recomendam e
que três quartos dos brasileiros aprovam.
A resistência do governo federal em limitar o
trabalho presencial – e este é o trabalho dos mais pobres – que não seja
indispensável , mesmo atropelada pelos governos dos estados, é a imposição,
pelo bolsonarismo, da morte de milhares de pessoas.
Não, o vírus não é chinês e nem é minion, mas
as consequências de sua propagação são.
Cada hora que se perde são dezenas de vidas
que se irão.
E, na falta de comando e definição, quem
poderá culpar os que se recusarem a trabalhar em nome de suas próprias vidas?
Ou que, ao contrário, exigirem seus direitos
de trabalho e renda que seu governo não assegura em meio a uma catástrofe?
Jair Bolsonaro pode dizer que “é só uma
gripezinha” e que vem aí uma mitoquina salvadora.
Nem as massas populares, nem as instituições
e nem as classes dominantes o levam a sério.
É uma peça a ser removida, nada mais.
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