27.08.2019 - Ainda estou impressionado com o vistoso
futebol que o Flamengo mostrou no Castelão. Fez a bola rolar. Conteve os
impulsos iniciais alvinegros. Controlou a situação. Superior, sem soberba. O
primeiro gol, oriundo de jogada ensaiada, revelou uma inversão que há muito eu
não via no futebol, ou seja, a defesa virando ataque. Um jogador de defesa,
Renê, cobrou o lateral para outro jogador de defesa, zagueiro Rodrigo Caio, que
de cabeça mandou para área do Ceará. Aí Berrío, de peito, ajeitou para outro
jogador de defesa, Pablo Marí, marcar belo gol. Isso sim é o que se pode
denominar total inversão de funções.
No segundo gol do Flamengo, uma aula de
toques em busca do melhor caminho. Gabigol recebe no ataque e toca para Arão no
campo de ataque. Arão recua para Rodrigo Caio já no campo de defesa. Caio dá um
toque para Pablo Marí no campo de defesa. Marí manda para Renê, já no campo de
ataque. De Renê para Gabigol, que toca para Berrío na área. Berrío devolveu
para Gabigol também na área. Daí a finalização e o gol. O Ceará não tocou na
bola. Seus jogadores, como espectadores privilegiados, viram de perto todo o belo
lance.
(DN)
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