No
Ceará, apesar de o governador Cid Gomes esquivar-se a cada momento,
de adiantar futuras decisões suas em relação à sucessão
estadual, ele não consegue impedir que as especulações, à falta
de informações mais concretas, se espalhem aos quatro ventos. A
mais recente, divulgada, ontem, diz respeito a uma improvável
coligação, destinada a arrebatar de Cid e seu grupo, o poder
estadual.
Para
se ter uma ideia do que “pipoca” por aí, a coligação em
questão, resultaria numa chapa formada pelo senador Eunício (PMDB)
para Governador; o deputado Heitor Férrer (PDT) para vice, e o
senador Tasso Jereissati, para novo mandato no Senado. Como se vê,
trata-se de uma “salada” incrível, capaz de superar até a velha
“aliança impossível” PSD-UDN, em 1962.
E,
pelo visto, não vai ficar só nisso, diante das incertezas que ainda
perduram em relação às coligações políticas que se enfrentarão
no pleito vindouro. Enquanto isso, o governador Cid negocia, dando,
inclusive, visibilidade a alguns nomes governamentáveis, como o
ministro dos Portos, Leônidas Cristino, o secretário Mauro Filho e
outros do mesmo nível.
Aconteça
o que acontecer neste período de pré-lançamentos de chapas e de
candidaturas, Cid tem deixado provado para todos contar com o
integral apoio da presidente Dilma para comandar o processo
sucessório cearense. Diante de tal evidência, não será muito
provável que teremos, em 2014, uma dispersão entre as três forças
centrais da aliança partidária PSB-PMDB-PT, que, hoje, comanda o
Ceará. Para quem conhece Cid Gomes, é difícil crer que ele permita
a dispersão política da base de apoio à reeleição de Dilma
Rousseff. (Do colunista Fernando Maia)
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