16/08 - O total de pessoas em situação de desalento, ou
seja, que desistiu de procurar trabalho, subiu para 4,8 milhões de pessoas
no segundo trimestre de 2018. Isso é o que mostra a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quinta-feira, 16,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É o maior número de desalentados da série histórica
da Pnad, iniciada em 2012.
No primeiro trimestre, o país contava com 4,6
milhões de desalentados. No segundo trimestre de 2017, eram 4 milhões de
pessoas nessa situação.
Também é considerado desalentado a pessoa que ficou
fora da força de trabalho por não conseguir ocupação adequada, não ter
experiência ou qualificação para as vagas ofertadas, ser considerado muito
jovem ou muito velho ou por não haver trabalho na localidade em que mora.
O porcentual de pessoas desalentadas ficou em 4,4%
no segundo trimestre, a maior da série histórica. Entre as unidades da
federação, Alagoas (16,6%) e Maranhão (16,2%) tiveram a maior taxa de
desalento. As menores foram as do Rio de Janeiro (1,2%) e Santa Catarina
(0,7%).
De acordo com a Pnad, faltou trabalho para 27,6
milhões de pessoas no Brasil no segundo trimestre de 2018. A taxa de
subutilização da força de trabalho ficou em 24,6 %. O resultado ficou
estatisticamente estável em relação ao primeiro trimestre de 2018 (24,7%) e
subiu na comparação com o segundo trimestre de 2017 (23,8%).
A taxa de subutilização agrega os desocupados, os
subocupados por insuficiência de horas e a força de trabalho potencial.
Menos carteira assinada e mais trabalho por conta
própria. A Pnad mostrou que o porcentual de pessoas com carteira assinada caiu
no segundo trimestre de 2018, passando 75,8% de para 74,9%.
O maior percentual de empregados com carteira
estava na região Sul (82,9%) e o menor, no Nordeste (59,9%).
Entre os trabalhadores domésticos, 29,4% tinham
carteira de trabalho assinada. No mesmo trimestre do ano passado a proporção
era de 30,6%.
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