A
queda de braço entre servidores temporários e Prefeitura de Massapê parece
mesmo não ter fim. Há uma resistência muito forte do município que dificulta de
todas as formas o pagamento do 13º salário.
O
clima de tensão piorou após a divulgação de uma nota emitida pela professora e
vereadora Rochele Florêncio (PSDB), em sua página do facebook, em 15 de
fevereiro.
No
texto, a educadora usou meios e artifícios incomuns à condição de um servidor
público. Ela concita aos temporários a se dirigirem ao bairro da Santa Úrsula, em local não definido, levando à seguinte documentação:
documentos comprobatórios de que tenham participado de processo seletivo em
2016, apresentação de contrato de trabalho e, ainda o mais dos absurdos,
xerox do livro de ponto, como se fosse legítima obrigação do funcionário portar
tais documentos.
É
bom esclarecer a dileta vereadora que não é seu papel divulgar assuntos e
aspectos relevantes da gestão pública. Temas como esses são da competência e de
inteira responsabilidade do Poder Executivo, sendo representado pela assessoria
de comunicação. E, mais, as empresas - particulares ou públicas - têm a
obrigação de ter o registro e documentação guardada em seus arquivos,
destinada a embasar a defesa dos interessados, quando lhes convier.
Assim,
os funcionários temporários, que insistentemente reclamam – e com muita razão –
do tratamento desigual que sofrem neste momento, têm lhes causados uma grande revolta.
A
situação se agravou mais ainda quando o prefeito Jacques Albuquerque (PMDB) também emitiu nota semelhante no site
oficial da Prefeitura, lançada em 16 de fevereiro. Nos mesmos moldes da nota da
vereadora, o atual gestor tentou minimizar o problema, informando que o
pagamento do 13º salário deveria ser pago, mas seguindo as normas
anteriores, ou seja, a comprovação de todos os documentos citados; como aprovação do processo seletivo, termo
contratual e comprovação de efetivo exercício funcional.
Nesta
semana, mais precisamente na quinta-feira, 16, uma representação da Prefeitura,
vereadores oposicionistas e funcionários temporários estiveram reunidos na
Câmara Municipal para tentar uma acordo que pudesse resolver o pagamento da
categoria, e nada ficou resolvido, e o problema persiste.
Em
uma espécie de desabafo, a ex-funcionária da Prefeitura, Cristiane Taveira, uma
entre tantos indignados, disse no nosso programa de rádio o seguinte: “Parece ato de
teatralização, onde os personagens são os mesmos, as cenas se repetem a cada
tentativa de acordo com a Prefeitura, nada se resolve”, criticou.
É de
se estranhar o comportamento político de Jacques Albuquerque. Eleito prefeito
pela primeira para a gestão 1989-1992, seu slogan de administração era “O SER
HUMANO É QUE IMPORTA”. Aquela filosofia do passado não condiz mais com o seu
lado humanístico no presente, ao lado da sigla do PSDB de Massapê.
Inconformados,
um grupo de servidores pediu espaço em dois programas da Rádio Marques FM - bem
dirigida pelo amigo Mauro Luiz Marques - para contestar a inércia do município.
O Conexão Zona Norte, apresentado por este blogueiro Aldênis Fernandes e o
programa Jorge Costa Comunica, foram elo e canal para que os servidores pudessem contestar. De comum acordo, o espaço foi reservado à
categoria que demonstrou total insatisfação.
Segundo
os temporários, João Andrade, Cristiane Taveira, Halphe, Chaguinha Paula, entre
outros, vão além dos extremos e limites para superaram as adversidades, a fim
de garantirem seus direitos e de quase oitocentos funcionários provenientes da
administração do ex-prefeito Antonio José Albuquerque (PP) que deixou o dinheiro em caixa para esses fins.