07/08 - Pesquisas de opinião vêm sendo
realizadas há alguns anos, indagando aos entrevistados quais são suas maiores
preocupações dentre as adversidades que enfrentam. Em geral, não existe muita
variação nos resultados, com serviços públicos, como saúde e segurança,
aparecendo com frequência nos primeiros lugares.
Entretanto, diante disso, o alto
índice de pessoas citaram o desemprego como uma das principais mazelas do País
na pesquisa mencionada.
Observou-se também que, nos
últimos dois anos, grande parte dos que ficaram desempregados eram
trabalhadores de carteira assinada e aqueles que conseguiram se recolocar em
atividades que lhes oferecem alguma remuneração migraram majoritariamente para
o trabalho informal.
Quando se indaga acerca das
expectativas para o futuro próximo, a reação é de pessimismo por não
acreditarem que conseguirão escapar no curto prazo das consequências que a
atual crise gera. Cresce também o número daqueles que desistem de procurar uma
colocação. Com isso, aumenta a demanda por maior assistência do Estado e a
dependência aos programas de transferência de renda, muitas vezes, apontados
pelos entrevistados como indispensáveis para a própria sobrevivência.
As percepções e os temores que agora são captados
junto a esta população de baixa renda servem como alerta do que poderá
acontecer em futuro breve, diante da continuidade da recessão, do crescimento
do desemprego e também como resultado das medidas aprovadas pelo Congresso Nacional,
como foi o caso da emenda na Constituição Federal que estabelece o teto dos
gastos com os serviços públicos e atinge frontalmente a seguridade social.
Ainda confusa sobre estes e outros significados,
esta população socialmente mais vulnerável compreenderá, em breve, o preço que
lhe será cobrado.
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