23/02 - Reportagem
de Rubem Valente e Reynaldo Turollo Jr, hoje, na
Folha, mostra que o “Dr. Gaveta” continua sendo o maior – e melhor – advogado
dos tucanos envolvidos em desvios de dinheiro em obras públicas.
Fica-se
sabendo, por ela que a história dos R$ 113 milhões encontrados pelo
Ministério Público da Suíça em contas em que Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto,
suposto operador de propinas nas obras do Rodoanel, dormitou nas gavetas da
Procuradoria Geral da republica desde agosto do ano passado sem que nenhuma
providência – inclusive a remessa á Polícia Federal para investigação – desde
aquela data.
Colocada
sob segredo de Justiça – no caso tucano isso significa, claro, que não há
vazamento – a cópia da informação, misteriosamente, foi parar nas mãos da
defesa de paulo Preto, que a usa para tentar barrar o seguimento do processo no
STF, onde o caso – adivinhão! – está nas mãos do Ministro Gilmar Mendes.
Foi,
dizem os auxiliares do “Dr. Gaveta” na defesa de Paulo
Preto, “disponibilizada” a eles.
É o
segundo desempenho brilhante das gavetas da Procuradoria da República em casos
envolvendo tucanos.
Em
2011, o procurador da República Rodrigo de Grandis, apesar de instado três
vezes a atender ao pedido de investigação feito pelo Ministério Público da
Suíça sobre os suspeitos de intermediar propinas pagas pela empresa
Alstom a políticos e servidores de São Paulo deixou esquecido por quase três
anos o papel. “Puseram na pasta errada”, explicou-se ele.
Por
enquanto o caso só serve para revelar a incrível solidariedade tucana: José
Serra mandou dizer que já encontrou prontos a concorrência e os contratos do
Rodoanel e seu auxiliares comentar que Auxiliares lamentam que Serra seja
associado a Paulo Preto, quando, dizem, ele "herdou" Paulo Preto do
governo Alckmine ele era homem do hoje chanceler Aloysio Nunes Ferreira.
Mas
se tudo voltar para dentro da gaveta, agora pelas mãos de Gilmar Mendes, as
bicadas, ao menos de público, acabam.
Por Fernando Brito - 23/02/2018
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