05/02 - Os desmentidos, provavelmente,
vão se suceder. Ninguém vai admitir o óbvio, que já está evidente há dias, tanto quanto é claro o
“jogo de empurra” para atribuir o fracasso da reforma da Previdência.
A manchete da Folha, na imagem
acima, mostra que Maia quer se livrar da incapacidade de comandar uma maioria
na Câmara, o que Temer ainda tem, mal e mal. E que ele quer oferecer ao mercado
a privatização da Eletrobras como prêmio de consolação pelo fiasco
previdenciário.
Mas o que se revela, antes de tudo, é a disputa impiedosa pelo lugar de “candidato do dinheiro” nas eleições deste ano, ainda desesperadamente vazio.
Nunca antes na história deste país a direita convencional este tão desprovida de nomes para representá-la eleitoralmente.
É por isso que está forçando uma aventura com Luciano Huck, heterodoxa demais, a esta altura, para envolver as estruturas político-partidária que, apesar da desmoralização a que foram submetidas – em boa parte, por merecimento – ainda detém o poder formal de referendar candidaturas e distribuir tempo de televisão.
Se, ao menos, Huck tivesse “entrado rachando” nas pesquisas, talvez esse movimento aventureiro pudesse arrastá-las. Mas, variando entre 5 e 8%, “empatar” com Alckmin não chega a ser nenhum troféu.
Por Fernando Brito -
05/02/2018
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