01/02 - Embora
os jornais já o tratem por “MDB” – que com todos os seus defeitos, “era o que
tínhamos” sob a ditadura – só hoje o PMDB protocolou no Tribunal Superior
Eleitoral o pedido para retirarem-lhe o P do
nome.
O
requerimento é burocrático e vai na linha da maquiagem que todos os partidos
que se tornaram abjetos aos olhos do povo brasileiro seguem nestes tempos. Mas
contém uma ironia: é assinado e patrocinado pelo Dr. Renato Oliveira
Ramos, que, na condição de advogado de Eduardo cunha, visitou o inditoso
ex-presidente da Câmara no cárcere de Curitiba e, depois, segundo o Estadão, ” repassou ‘impressões’
das conversas a Gustavo Rocha, responsável pela Subchefia para Assuntos
Jurídicos da Casa Civil, órgão que assessora ministros e o próprio presidente.”
Não
se sabe se colheu-se, nestas conversas, ‘impressões’ sobre o rebatismo do
partido, que trocou, com os anos, de retrato na parede: do velho Ulysses
para o velhaco Temer.
Tudo
é possível, já que o P –
de pudor – já saiu da sigla, na prática, faz tempo.
Por Fernando Brito – 01/02/2018
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