21/01 - É
possível que até quarta-feira venham novas pesquisas de intenção de voto,
que estão silenciosas há um mês.
Se
aconteceram ou não, o resultado, um pouco mais, um pouco menos, será o de
apontar o que todo o Brasil sabe: Lula lidera e Bolsonaro é a direita que
existe eleitoralmente.
Quanto aos demais, o que dizer?
Henrique
Meirelles e Rodrigo Maia, se dobrarem seus graus de intenção de voto, vão a
dois por cento, como na história do sujeito que dobrou seu patrimônio, que era
de R$ 1 e passou a R$ 2.
Geraldo
Alckmin, depois de alguma exposição com a convenção do PSDB, mergulhou no
esquecimento.
Marina
Silva…Marina Silva, quem é mesmo? Como o dia 29 de fevereiro, só ocorre de
quatro em quatro anos, a bissexta figura repete o ciclo a
cada eleição presidencial.
Luciano
Huck não é, mas é ou continua sendo candidato ao sabor das conveniências. No
livro Fire and
Fury sugere-se que a candidatura de Donald
Trump, mais que aspirar a vitória, visava a promover sua marca e seus negócios.
Pode ser o caso: ele avalia os riscos financeiros, a Globo analisa os riscos
políticos. Decisões assim, só depois do 24 de janeiro.
Joaquim
Barbosa também espera o resultado, porque sabe que só terá chance se Lula sair
do cenário.
Por
fim, Ciro Gomes, um ótimo candidato “em si”, seguirá patinando na falta de foco
que o marca como “metralhadora verbal”.
A
quarta-feira só é eleitoral para a direita, com seu plano – e sua esperança –
de “limpar a área” retirando Lula da disputa, e tirá-lo porque é favorito.
Como
ele próprio disse, tivesse 1% seria deixado em paz.
Para
quem tem amor à democracia e consciência dos direitos da população é mais que
isso: é voltarmos a ser o país que eu conheci, quando jovem, onde escolhiam por
nós.
Por Fernando Brito - · 21/01/2018
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