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27 de janeiro de 2018

MÃE DROGAVA FILHA PARA FINGIR CÂNCER TERMINAL NA CRIANÇA

27/01 - Hannah Millbrandt tinha sete anos quando, depois de uma  consulta médica, a mãe sentou com a família e revelou que um tumor havia sido descoberto na base da coluna vertebral da filha: "Pode ser terminal", completou.  Em depoimento ao Mirror, Hannah, hoje com 21 anos, conta que a revelação mudou drasticamente a vida dela. Teresa, a mãe, obrigava a menina a andar de máscara cirúrgica para que ela não ficasse mais doente. 

A família vivia em uma pequena cidade de Ohio, nos Estados Unidos. Hannah conta que a comunidade começou a ajudar no financiamento do caro tratamento que necessitava. "Você é meu bebê de milhões de dólares", disse a mãe para ela na época. Teresa era uma enfermeira de cuidados domiciliares e era a responsável por administrar a medição da filha. "Mas parecia me fazer sentir pior — comecei a ter dores de cabeça terríveis e me sentia cansada o tempo todo", lembra Hannah.
Mesmo arrasado com a situação, ela relata que o pai sempre tentava agendar folgas do trabalho para ir às consultas com ela. Mas, estranhamento, os encontros sempre eram cancelados no último minuto Nas idas ao médico, Hannah era acompanhada por Teresa e pela avó materna, Mary. Elas a levavam à sorveteria, de onde normalmente a menina saia com sono.

Um dia ela acordou com uma atadura na coluna inferior. Teresa disse que a enfermeira Beth havia administrado a quimioterapia dela. "Beth veio regularmente depois disso, embora eu nunca a tenha visto", conta Hannah. Um dos momentos mais dolorosos para Hannah foi ter acordado completamente careca. A mãe havia raspado a cabeça dela enquanto dormia, já que a quimio estava fazendo os cabelos da menina caírem. Teresa ainda disse que eles não cresceriam mais.

Teresa alegou ao tribunal ter Síndrome de Münchhausen por procuração, doença mental em que um cuidador inventa ou causa uma doença na pessoa que está sob seus cuidados. Avaliada, o pedido foi rejeitado e ela foi sentenciada a seis anos e meio de prisão. A avó foi absolvida, já o pai acabou condenado. "Foi-me dito que, se eu me declarasse culpado, Hannah sairia da assistência social para ir morar com a minha irmã de imediato e eu ficaria seis meses em liberdade condicional. Foi aí que eu me atrapalhei. O juiz teve uma ideia diferente".

Com os dois pais na prisão, Hannah passou um ano em abrigos da assistência social, até a irmã do pai conseguir a guarda dela. Apesar do carinho da tia, aos 12 a menina foi diagnosticada com depressão. O pai saiu da cadeia quando Hannah tinha 15 anos e hoje ela mora com a madrasta e ele. "Eu realmente acredito que ele não sabia nada sobre a fraude da minha mãe". 
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