30/01 - Líder
nacional no mercado de massas e biscoitos, mas ainda com 70% das vendas
concentradas na região Nordeste, a cearense M. Dias Branco deu, ontem, um passo
importante para aumentar sua participação na região Sudeste, ao acertar a
compra de 100% da fluminense Piraquê, em um negócio avaliado em R$ 1,55 bilhão,
incluindo dívidas. O negócio entre as duas empresas é a maior transação
financeira já registrada do setor de biscoitos.
"Creio
que esse tenha sido o maior investimento feito por uma empresa do Ceará",
destacou o vice-presidente de Investimentos e Controladoria do Grupo M. Dias
Branco, Geraldo Luciano Mattos Júnior.
Os
atuais sócios da Piraquê vão sair totalmente do negócio, e a cearense assumirá
as fábricas e também a gestão da marca.
Em
fato relevante divulgado ontem, a empresa diz ainda que a aquisição visa ao
incremento de seu portfólio com "produtos de alto valor agregado". A
operação será concluída apenas após a aprovação do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade), autarquia vinculada ao Ministério da Justiça.
Durante
o período de análise da transação, as companhias continuarão operando de forma
independente. Questionado se será feito um rearranjo nos colaboradores das duas
companhias, Geraldo Luciano Mattos disse que só será possível dar informações
sobre o assunto após o aval da autarquia.
A
Piraquê, fundada há 67 anos no Rio de Janeiro, possui mais de 3.500
funcionários e toda sua produção de biscoitos, massas e margarinas é controlada
por computadores.
O
faturamento anual da Piraquê foi de R$ 717 milhões (últimos 12 meses encerrados
em setembro passado), enquanto a M. Dias Branco teve receita superior a R$ 4
bilhões nos primeiros nove meses de 2017. Mais da metade das vendas da cearense
estão concentradas no setor de biscoitos, carro-chefe da Piraquê, seguida pelas
massas.
DN
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