17/01 - "O
cheque especial é um instrumento que tem de ser estudado e a Federação
Brasileira dos Bancos (Febraban) está avaliando
mudanças", disse Ilan. "A gente está de olho e, às vezes, é bom que o
BC não precise editar norma nenhuma e deixe o sistema fazer", disse. No
entanto, segundo ele, se a iniciativa não avançar, o BC adotará medidas para
reduzir as taxas.
No
ano passado, o governo já havia determinado mudanças nas regras do rotativo do
cartão de crédito para evitar o aumento da dívida. Com a mudança, o consumidor
só pode fazer o pagamento mínimo de 15% do cartão por um mês. Na fatura
seguinte, o banco não pode mais rodar a dívida. Ou o cliente paga o valor total
ou precisa parcelar a dívida em outra linha de crédito. Ou seja, a dívida só
pode "rodar" uma vez. A restrição foi criada para coibir o uso do
rotativo e obrigar os bancos a oferecerem uma solução de parcelamento para o
cartão com juros mais baixos.
Agora,
para o cheque especial, o governo está propondo uma "autorregulação'. A
ideia é também oferecer uma "porta de saída" para o cliente, com
alongamento de prazos da dívida e juros menores em um nova modalidade,como o
parcelamento no cartão ou no crédito pessoal.
Atualmente,
o cheque especial tem o segundo maior juro entre as operações para pessoas
físicas. Em novembro, bancos cobraram média de 323,7% ao ano. Isso faz com que
o uso de R$ 1 mil do limite da conta se transforme em R$ 4.237 após um ano. A
operação mais cara do sistema financeiro é o crédito rotativo pago em atraso, o
chamado "não regular", cujo juro ficou em 410,4% ao ano em novembro.
Essa transação não foi afetada pelas novas regras do cartão de crédito.
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