26 de JUL 2020 - A
pandemia do coronavírus que levou o Congresso Nacional a aprovar a alteração no
calendário das eleições de 2020 provoca, também, muitos desafios para o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um desses desafios é atrair os voluntários
para cumprir a função de mesário no dia 15 de novembro nos 5.570 municípios
brasileiros.
A crise sanitária, com o País caminhando para 90 mil óbitos pela Covid-19 e sem perspectiva da vacinação contra a doença, surgiu, entre os membros da justiça eleitoral, a preocupação com uma verdadeira ameaça de apagão em uma das fases mais importantes para o pleito que irá escolher os novos prefeitos e vereadores: a convocação de mesários.
A mobilização dos mesários será deflagrada na primeira semana de agosto, precisa reunir um exército de 2 milhões de pessoas, entre voluntários e convocados. Os nomes que já atuaram na função em eleições passadas são os primeiros no radar dos tribunais regionais eleitorais, mas especialistas e ex-desembargadores temem que uma onda de atestados médicos e a judicialização das convocações abram um vácuo sem precedentes na função.
A
incerteza sobre o quadro sanitário exigiu dos Tribunais Regionais Eleitorais,
como o TRE do Ceará, e, especialmente, do TSE, mudança para desestimular a
falta de mesários: o TSE prepara, para o mês de agosto, uma campanha nacional
que, na primeira fase, terá como protagonista o médico Dráuzio Varela.
A campanha tem por objetivo estimular voluntários e garantir que o processo será feito sob um rígido protocolo de proteção sanitária. Simultânea à campanha, ao TSE se mobilizar para fechar ou ampliar convênios com universidades, funcionários públicos e, em último caso, até com o Exército para montar a rede de mesários.
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