21 de JUL 2020 - O governo anunciou nesta semana que, ao todo, 565 mil brasileiros foram excluídos do auxílio emergencial de R$ 600. Essa lista abrange cidadãos presos e que moram no exterior. Há, ainda, o grupo dos que receberam o auxílio emergencial indevidamente, que conta com quase 400 mil funcionários públicos.
A Controladoria-Geral da União identificou 395 mil servidores públicos por todo o país que receberam uma ou duas parcelas do auxílio emergencial de R$ 600. O número foi descoberto após a CGU cruzar dados do governo com dados dos Tribunais de Contas dos estados.
Em tese, o auxílio emergencial de R$ 600 deveria ser pago apenas para trabalhadores autônomos, informais, desempregados que não recebem o seguro desemprego e microempreendedores individuais (MEIs). O grupo de trabalhadores é considerado vulnerável durante a pandemia do novo coronavírus.
O governo afirma que o estado em que mais houve pagamentos indevidos foi o Maranhão, com 85 mil servidores que receberam o benefício. Em seguida, a Bahia, com 61 mil servidores, Paraíba, com 25 mil servidores, e Ceará, com 24 mil servidores. No Maranhão, por exemplo, há um auditor fiscal da Receita estadual que ganha salário de R$ 34 mil por mês, médico que recebe R$ 32 mil mensal e major da Polícia Militar que recebe R$ 16 mil, todos entre os beneficiários do auxílio de R$ 600.
Para os cofres públicos, o prejuízo é de quase R$ 280 milhões em pagamentos indevidos. A CGU afirma que esses servidores deverão devolver o dinheiro ou provar que tiveram os dados utilizados e foram vítimas de fraude.
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