18/03 - A
ser verdadeira a informação – verdade é coisa escassíssima quando se trata de
Michel Temer – de que o atual presidente vai se candidatar à
reeleição o seu significado é coerente com o que estamos vivendo: a direita sem
alternativa eleitoral, sendo devorada pelo monstro bolsonarista que ela própria
criou.
Temer,
com o (P)MDB e a parte da máquina oficial, ainda que não vá além de 5% das
intenções de voto, fecha caminhos para Geraldo Alckmin, o chuchu que segue,
mais que nunca, desenxabido e às voltas com um PSDB que, como no ditado
popular, é casa onde falta o voto e, por isso, todo mundo por lá briga e
ninguém tem razão.
Vá
vendo o desfile dos micróbios:há Álvaro Dias para “morder” um eleitorado
paranaense que seguiria, como sempre, os tucanos, há Rodrigo Maia para gerir a
pauta de votações da Câmara a gosto de suas intenções de abrir seus espaços e
uma legião de “mercadistas” – Henrique Meirelles, João Amoedo, o combalido
Paulo Rabello de Castro e, quem sabe, o sub-bolsonaro Flávio Rocha.
É
cada vez mais difícil que surja um nome – e não se descarte surpresas nos
próximos 15 dias, tamanha a insignificância do plantel de que se dispõe
– capaz de desbancar a liderança de Bolsonaro, surgida e consolidada
surfando hitlerianamente na
onda de ódio.
Tudo
apontaria, com Lula na disputa, para uma eleição decidida. Sem ele, ainda
assim, com espaço para que um indicado por ele, mesmo que a canalha
golpista o prenda, pudesse crescer e passar ao segundo turno. E, aí, com
grandes chances, porque o capitão é dose para elefante.
Mas
há, no Brasil de hoje, uma “Estrela da Morte”, com seus raios
destruidores de mídia, tripulada por um Judiciário, um Ministério Público e uma
Polícia Federal completamente sem limites ou comando, que logo se encarregará
de fazer com que o ungido de Lula passe a ser “maldito”.
Está
difícil “manter isso”, este clima de mediocridade amorfa que o golpismo
político-judicial instalou no país e que destrói tudo, inclusive a eles
próprios. A sombra da barbárie está aí, estendendo sua escuridão sobre nós.
Fernando Brito - 18/03/2018
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