20/02 - É
claro que era encenação.
Porque
se fosse mesmo verdadeira a ideia de Michel Temer de “suspender” a intervenção
federal na segurança do Rio de Janeiro, aprovar a reforma previdenciária e, em
seguida, intervir “de novo” eu ia começar a achar que o diploma de advogado de
Michel Temer era tão falso quanto suas convicções democráticas.
Hoje
a pérola ministerial de Temer, o paquidérmico Carlos Marun, anunciou que
“tramitação da reforma está suspensa em função da decretação da
intervenção”.
Tão
evidente que este blogueiro aqui, que não foi além do primeiro ano de Direito
na UERJ, disse, poucas horas depois do anúncio da intervenção, que para fazer
aquele “esqueminha de esperto” seria necessário “um verdadeiro estupro do Estado de Direito e, claro, do próprio
parlamento“.
A
palavra que usei, aliás, resumia tudo: “mutreta”.
A
farsa é tão grande que a intervenção, que só começou nos jornais e nas tevês,
em nada perderia se fosse decretada amanhã ou depois, fazendo a votação da
Previdência. (A operação recém-iniciada é, disseram os militares, ainda sob o
regime da operação de garantia da lei e da ordem, pré intervenção).
Não
tinha votos, todos sabem, mas agora tem “desculpa”.
Mas
são tão cínicos que o neoGeddel do
Ministério tem a caradura de dizer que:
— A
PEC sai do Congresso e vai para os palanques!
Vai,
Marun, vai junto com a fantasia – a versão original – do Vampirão da Sapucaí.
PS:
Será que vão devolver os “milhõezinhos” que
gastaram nas capas “fake” das revistas, depois de
decretada a intervenção?
Por Fernando Brito - 30/02/2018
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