20/02 - O impasse sobre o comando do Partido da
República (PR) no Ceará pode estar próximo do fim. Presidente de honra da
legenda, o vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa, agendou para hoje
reunião com lideranças da executiva nacional da sigla, a fim de apresentar
resultados das últimas movimentações da legenda no Estado. Ele dirá que, sob
seu comando, o partido poderá ter o Capitão Wagner como candidato a governador
do Estado, neste ano.
Por outro lado, a
vice-presidente do grêmio, deputada Gorete Pereira, não abre mão de levar o
partido a apoiar o governador Camilo Santana à reeleição. Por ser deputada
federal, a única do partido no Ceará, ela tem a preferência do comando. Ela
dirá para a direção nacional que não acredita em candidatura do Capitão Wagner
(PR) ao Governo.
A parlamentar, que
participou de evento ao lado do governador Camilo Santana, na tarde de ontem,
em Juazeiro do Norte, disse que desconhecia qualquer candidatura da oposição no
Estado, e que, enquanto isso não fosse definido, ela iria permanecer atuando ao
lado do chefe do Poder Executivo. "Você acha que esse Capitão Wagner vai
mesmo? Ninguém tem certeza, e quem tem já morreu. Quando souber de um candidato
da oposição, aí vou me posicionar. Não posso ir para a chapa concorrendo para
morrer", disse.
Gorete tem como
trunfo o fato de ter ligações estreitas com a executiva nacional. Segundo
afirmou, na condição de deputada federal e vice-presidente do PR no Estado,
nunca procurou tirar qualquer filiado da legenda, sempre respeitando o
posicionamento de cada um, mas agora tem condição de comandar o partido, sem
problemas.
Ela destacou ainda
que não pode ter sua candidatura inviabilizada por conta da bancada de
oposição. "Eles mandaram eu conseguir muita coisa para o Maracanaú, e o
governador está ajudando. Conseguimos R$ 180 milhões para o Maracanaú. Aí você
acha que eu posso chegar para o governador e dizer que vou ser contra ele? Eles
querem que eu diga isso, mas não posso".
A republicana disse
ainda que não acredita na viabilidade de candidatura de Capitão Wagner para o
Governo, destacando que ele anunciou saída do PR, que tem 40 deputados
federais, três ministros e tempo de TV, para entrar no PROS com apenas nove
federais. "Uma pessoa dessa quer ser governador?".
DN
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