A
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, decidiu
nesta segunda-feira notificar o ministro Gilmar Mendes sobre o pedido de
suspeição apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra
ele nos casos envolvendo o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “Reis
do Ônibus”, investigado em um desdobramento da Operação LavaJato no Rio de
Janeiro.
Entre
os motivos apresentados, a Procuradoria-Geral
da República cita que Gilmar foi padrinho de casamento
da filha do empresário. “Os vínculos são atuais, ultrapassam a barreira dos
laços superficiais de cordialidade e atingem a relação íntima de amizade”,
afirmou Janot, no pedido de suspeição.
A
PGR também destacou que o advogado Sérgio Bermudes, cujo escritório é integrado
por Guiomar Mendes, mulher de Gilmar, representa e vem assinando “diversas
petições postulando o desbloqueio de bens e valores nos autos dos processos
cautelares de natureza penal relacionados à Operação Ponto Final“,
desdobramento da Lava Jato que culminou na prisão de Barata, determinada duas
vezes pelo juii Marcelo Bretas – nas duas, Gilmar mandou soltar o
empresário.
Rejeição
Nenhum
pedido de impedimento ou suspeição de ministros do STF levado à Corte foi
atendido nos últimos dez anos. Todos os casos foram rejeitados pelo presidente
do STF da época e não tiveram os méritos discutidos pelo colegiado. Entre 2007
e este ano, chegaram à Corte 80 arguições de impedimento ou suspeição.
(Veja)
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