Suspense para a reunião do diretório nacional tucano, marcada para sábado que vem. Os entrechoques dos blocos serrista, aecista e alckmista continua.
A aliança entre Aécio e Alckmin garantiu a Sérgio Guerra a presidência do partido, o cargo que Serra queria.
Restaria a Serra a secretaria-geral, mas é um cargo de segunda ordem e, portanto, ele apóia a indicação do ex-governador Alberto Goldman para o lugar. O grupo aecista prefere o deputado Ricardo Gontijo.
Sobraria um cargo que, mesmo sem poder na direção do partido, tem o título de “presidente” e poderia servir para alojar Serra: a chefia do Instituto Teotônio Vilela, hoje ocupada pelo ex-prefeito de Vitória, Luiz Paulo Veloso Lucas.
Mas o grupo de senadores tucanos, agora liderado na prática por Aécio, bate pé na indicação do ex-senador Tasso Jereissati, o “galeguim dos zói azul”. O jornal O Povo, de Fortaleza, publicou hoje que “Tasso tem tido encontros com correligionários como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que na última quarta-feira, em seu gabinete, expediu um documento com a assinatura de outros 10 senadores do PSDB, em defesa da indicação do nome do tucano cearense para o cargo.”
Serra finge que não é com ele. Quem vai ter de brigar publicamente por uma posição por ele é geraldo Alckmin, que não pode deixar de assumir esta posição, para não aprofundar o racha no partido em São Paulo.
Ontem, o deputado William Dib disse ao Estadão que os serristas podem questionar a legitimidade da re-reeleição de Guerra para a presidência, caso não haja acordo para abrigar o grupo do ex-governador de São Paulo José Serra na instância máxima da sigla.
É que o estatudo do PSDB, no seu Art. 3º, inciso dois, veda mais de uma recondução ao mesmo cargo na direção partidária. E Guerra foi eleito em 2007, para suceder Tasso, e reeleito, exercendo o mandato até hoje.
Fonte: deputado federal Brizola Neto
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