15/12 - A
oposição ao Governo Camilo Santana (PT) na Assembleia Legislativa encerra os
trabalhos de 2017 desestabilizada e desestimulada. Além de não conseguir
emplacar projetos e requerimentos, os discursos e críticas feitos pela bancada
reduziram muito neste fim de atividades, o que acaba se justificando por conta
do impasse das lideranças políticas quanto à formação de uma chapa competitiva
para a disputa eleitoral no próximo ano.
Em
menor número, após ingresso de antigos oposicionistas na base governista,
parlamentares da oposição também não se entendem quanto a algumas pautas, e
outros sequer têm comparecido às sessões ordinárias. Na plenária da última
terça-feira, por exemplo, somente Odilon Aguiar (PMB) fez críticas às matérias
que estavam sendo votadas no Plenário 13 de Maio.
Atualmente,
a oposição na Assembleia é formada por nove parlamentares. Na sessão de ontem,
alguns opositores compareceram ao plenário, mas apesar de pronunciamentos
contra atos e mensagens do Governo, não houve discussão mais abrangente sobre
os temas. Capitão Wagner (PR), por exemplo, discursou sobre a situação da
Saúde. Já Renato Roseno (PSOL) reclamou da administração dos recursos hídricos
e das políticas de enfrentamento à seca.
2018
"Não
estou entendendo esse momento e como as coisas estão. Aqui na Assembleia os
deputados estão tentando fazer o entendimento político de recondução de seus
mandatos, acredito que seja isso. Há uma inércia da oposição, mas eu não sei o
que houve para ficarmos assim", lamentou Odilon Aguiar.
A
deputada Fernanda Pessoa (PR), por sua vez, apontou que uma oposição mais
participativa no próximo ano dependerá de que chapa será formada pelos
oposicionistas. "Se for uma chapa competitiva, lógico que os ânimos se
alteram e cada um vai defender seu nome", disse.
DN
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