15/05 - Ao
lado da filha, uma policial militar reagiu a um assalto no último sábado (12) e
atirou e matou um assaltante em frente a uma escola em Suzano, na Grande São
Paulo. Depois de dar voz de assalto e atirar uma vez - a arma dele falhou -,
Elivelton Neves Moreira, 21, foi atingido por três disparos efetuados pela
policial, que estava de folga e sem farda.
Ao atirar e matar o assaltante, a PM agiu corretamente e de modo proporcional ao risco? Ela, ao reagir à ação criminosa, colocou outras pessoas e ela própria em risco?
O Uol levou essas e outras questões a três especialistas em segurança pública, sendo dois deles policiais militares da reserva. Eles analisaram o contexto de ação da cabo Kátia Sastre, 42, que aguardava com a filha de sete anos e outras mães e crianças a abertura da escola onde haveria uma homenagem pelo Dia das Mães.
Na manhã de domingo, a cabo foi homenageada pelo governador de São Paulo e pré-candidato à reeleição, Márcio França (PSB).
Crítico
da conduta da PM paulista e autor do livro "O guardião da cidade", em
que aborda a letalidade da corporação já desde a formação dos policiais, o
tenente-coronel da reserva Adílson Paes de Souza avalia que a cabo agiu de
maneira correta naquela situação.
"O
policial tem treinamento para imobilizar, mas, sobretudo, tem treinamento para
fazer uso proporcional da força. Avalio que ela agiu de maneira correta, pois
era uma situação peculiar em que o bandido não apontava a arma para ela mas
para outra pessoa: ela teve tempo de antever o movimento dele e de gerenciar o
risco", analisa Souza, argumentando que a PM "certamente" seria
morta se fosse revistada e tivesse a arma descoberta.
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