17/04 - Hoje
se completam dois anos que um circo comandado por Eduardo Cunha, então
presidente da Câmara dos Deputados, desfechou um golpe contra a soberania
do voto do povo brasileiro.
Entre apelos a mães, filhos e netos, o Brasil viu um espetáculo deprimente de fanatismo, insuflado pela mídia, contra uma mulher contra a qual, 48 meses depois, jamais se provou qualquer desonestidade.
A
crise, nos prometiam, acabaria no dia seguinte.
O
mundo despejaria investimentos no país, o desemprego cairia, o déficit público
despareceria.
Livres
do “lulopetismo” e do “bolivarianismo”, a paz e a fraternidade voltariam a reinar
no país.
Dois
anos depois temos um país dividido e sofrido, de quem estão tirando, até,
a esperança de mudança nas eleições de outubro.
O
cardeal do golpe, Eduardo Cunha, está na cadeia. O usurpador, não apenas metido
em inquérito após inquérito, como apiado por apenas 5% da população. O
“vencedor moral” das eleições, Aécio Neves, na iminência de se tornar réu,
hoje, por um achaque de R$ 2 milhões.
Depois de mais e mais crise, mesmo o espasmo de recuperação econômica, cantado em prosa e verso pela mídia, deu chabu.
O
caminho do poder está aberto, como há quase 30 anos atrás, para aventureiros de
espírito autoritário.
O
circo trágico de 17 de abril de 2016 está ardendo num incêndio do qual só se
entrevêem as chamas.
Por
enquanto.
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