30/11 - O
ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou formalmente que os tucanos não
integram mais a base aliada do governo. Aparentemente deu fim, de forma
objetiva, à disputa travada há meses entre as alas governista e independente do
PSDB, em uma entrevista logo na manhã de ontem.
A
mensagem do braço-direito do presidente Michel Temer acabou sendo uma resposta
à declaração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que, na véspera,
horas depois de virar candidato único à presidência do PSDB, anunciou que era
contra o partido continuar com ministros. “O PSDB não está mais na base do
governo. Vamos fazer de tudo para manter base do governo e projeto único de
governo para 2018. O PSDB já disse que vai sair”, afirmou Padilha.
Poucas
horas após a declaração de Padilha, Temer participou de um almoço no Clube
Naval de Brasília. O presidente evitou aproximar-se da imprensa, mas, à
distância, perguntado sobre a situação do PSDB no governo, apenas sinalizou
positivamente. No entanto, ao responder se o PSDB “saiu do governo”, fez um
sinal de negativo com o dedo indicador. De acordo com auxiliares do presidente,
Temer não teria articulado com Padilha o pronunciamento sobre a saída do PSDB
do governo, mas teria o mesmo entendimento.
O processo
de desembarque será decidido no sábado (2/12), em reunião entre Alckmin e o
presidente, durante evento do programa Minha Casa Minha Vida no interior
paulista.
Na prática, a expectativa é que o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, deixe logo a Esplanada dos Ministérios, e o mesmo pode ocorrer com Luislinda Valois, dos Direitos Humanos. A situação de Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores), no entanto, é diferente. Na terça-feira (28), o chanceler reagiu aos apelos pela debandada, afirmando que sua continuidade no cargo depende do presidente da República.
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