As
pessoas de mais da metade das casas do Ceará não conseguirão ler esta matéria
em sua versão online. Isso porque apenas 48,9% das residências do Estado têm
acesso à internet.
O
percentual faz dele o quarto pior do País no quesito, ficando à frente de
Alagoas, Piauí e Maranhão, que tem o pior índice (40,8%). O número proporcional
de casas com internet no Ceará fica próximo da média do Nordeste (50,1%) e bem
abaixo da nacional (63,6%). Distrito Federal e São Paulo lideram o ranking
nacional com 84,4% e 76,5% das residências com acesso à rede mundial de
computadores.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2016 (Pnad) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as casas com acesso à internet, destaque para o percentual de pessoas que o fazem por meio de telefone celular. No Ceará, em 95% dos domicílios conectados à rede o fazem por meio desse dispositivo móvel.
Número bem superior aos quase 52% que utilizam computador, que há até poucos anos era o único meio de acesso. A conexão por meio de tablets e TV ainda tem uma representação discreta no Estado.
No cruzamento de dados, é curioso notar que, embora o acesso no Ceará esteja restrito a menos da metade dos lares, é grande a quantidade de domicílios que dispõem de telefone celular (89,7%).
O dado leva à conclusão de que o principal dispositivo para acesso à Internet está na maioria das casas, mas ele não está conectado para ser utilizado com esta finalidade. A tradicional telefonia fixa está presente em 15% das casas do Estado e 31% da Capital.
A pesquisa utiliza dados de 2016, um ano antes do desligamento da TV analógica no Ceará. Segundo o estudo, 46% das casas possuíam apenas televisor de tubo, enquanto 42,7% dispunham exclusivamente de TV com tela fina.
Os dados da Pnad divulgados ontem estimam que existem no Ceará 2,85 milhões de domicílios. Cerca de 91% deles são casas, dez vezes mais que o número de apartamentos (9,1%). Como esperado, a proporção desse último tipo de moradia é um pouco maior na Capital (15,7%).
Outra característica que a pesquisa traz é a condição com que esses imóveis são ocupados. Em dois terços das residências de Fortaleza, os moradores são proprietários e já pagaram por aquele imóvel. 22,9% dos domicílios são ocupados por pessoas que o alugaram. O restante é composto por residentes em casas cedidas (7,9%) e moradores que também são donos dos imóveis mas ainda não o quitaram (3,4%).
O Povo
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