Antes de embarcar ontem à noite para Montevidéu, no Uruguai, onde começa
hoje uma série de shows pela América do Sul, Caetano Veloso disseque acredita
que Ciro Gomes é a melhor das opções colocadas para a sucessão de Michel
Temer.
Reconheceu que, ao assumir a candidatura de Ciro, está na contramão de vários amigos intelectuais e artistas, como Chico Buarque, que acabam de subscrever um manifesto em defesa da candidatura do ex-presidente Lula, sob o título
Caetano ressaltou que a sua posição em defesa da candidatura de Ciro Gomes já havia sido manifestada em artigo que escreveu para a revista eletrônica “Fevereiro”, da qual é colaborador.
Ele já previa, nesse artigo, o
surgimento do movimento pró-Lula, tanto que, a certa altura do texto escreveu:
A volta de Lula? O pensamento sobre
2018 trouxe a hipótese. Lula é um líder de grandeza incomparável, talvez só
Getúlio. Seu discurso em resposta à estranha decisão do juiz Moro de expedir
uma condução coercitiva para levá-lo a depor sem que ele tivesse se negado a
fazê-lo mostrou um político potente. Pouco depois, ele já aparecia como um
ex-líder. Entristece, mas a fórmula de liderança populista é algo que me sugere
retrocesso a velhos males latinoamericanos.
Sobre a candidatura de Ciro, Caetano
lembrou:
Votei em Ciro Gomes na eleição de 1998:
eu não era a favor da reeleição. Agora, sabendo-o possível candidato, penso em
voltar a fazê-lo. O discurso de Mangabeira em sua volta ao PDT, que vi na
internet, me convenceu.
(blog do Moreno)
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