A advogada de acusação Janaína Paschoal rebateu nesta terça-feira,
durante a sessão de julgamento final do impeachment, as acusações de que a
denúncia do impeachment teve influência do ex-presidente da Câmara, o deputado
afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Janaína disse que "sofreu" muito
por ter que apresentar uma denúncia contra uma mulher, a presidente afastada
Dilma Rousseff. Ao fim do discurso, ficou emocionada, quando pediu desculpas a
Dilma por "ter lhe causado sofrimento".
- Finalizo pedindo desculpas à presidente, não por ter feito o que
fiz, porque eu não podia me omitir diante de tudo isso, mas sei que a situação
dela não está sendo fácil e que penso que ela ela compreenda que fiz isso
pensando nos netos dela.
Ela disse que teria
apresentado o pedido de impeachment mesmo que o presidente fosse um homem.
- Ao trazer esse pleito de
afastamento da senhora para o Congresso, estou renovando a confiança que tenho
nessa Casa. Prefiro em falar em República O pior é continuar fingindo que nada
está acontecendo. Sofri mais do que sofreria em outras situações pelo fato de a
presidente da República ser mulher. Muito me doeu ao constatar que seria eu a
apresentar a denúncia, muito refleti, e concluí que ninguém poderia ser
perseguido ou protegido por ser mulher. Fosse a presidente um homem, pediria o
impedimento - disse
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