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31 de julho de 2014

22º ARTIGO: "AS ELEIÇÕES TAMBÉM SÃO UMA COPA"

   Vivemos numa República. Bem ou mal vivemos numa Democracia. Passada a Copa do Mundo, a maior festa do futebol do universo, estão chegando às eleições, fruto da República e da Democracia.
A propósito, República deriva do latim res publica, expressão que pode ser traduzida como "assunto público". Uma das características mais importantes da República é a vertente eleitoral. No entanto, existem outros aspectos muito importantes, como a subordinação a leis fundamentais e à constituição (aprovada diretamente pelos cidadãos ou pelos seus representantes eleitos), que servem para regrar a vida política do país. Mas aqui interessa mesmo é o viés eleitoral.
Com efeito, eleições são o meio de que se utilizam os cidadãos para exercitar a democracia que se firma cada vez mais no Estado contemporâneo como democracia representativa, posto que se confia a representantes a condução dos negócios públicos.
No futebol, não fomos bem. Os representantes do futebol brasileiro decepcionaram os milhões de torcedores que esperavam o hexacampeonato. Perdemos a copa. Com isso, alguém deveria pagar o preço. Assim o técnico Luiz Felipe Scolari (O Felipão) foi demitido sumariamente. Alguém mais até poderia ser culpado, mas era necessário agir rápido, sobrou para o comandante. Perdeu o campeonato, perdeu o emprego.
E o que tem a ver futebol com eleição? A princípio nada. Se tivéssemos ganhado a copa certamente tudo. Mas há alguma lição a se tirar daí: não jogou (trabalhou) a contento, escolhe-se a princípio outro técnico e, posteriormente, outros jogadores.
E na avaliação da gestão da copa da coisa pública, como deve proceder o povo? Bem, deve aproveitar o campeonato que culmina com as eleições, para manter ou tirar o emprego dos escolhidos anteriormente. Se correspondeu as expectativas, voto pela manutenção do mandato; Caso contrário, voto pela revogação. Afinal, são eleições uma espécie de avaliação sumária dos nossos mandatários.
Em tempo, as eleições são mais republicanas e democráticas do que a copa do mundo. Aquelas ocorrem a cada dois anos, esta de quatro em quatro anos. Quem serão os nossos felipões? Viva a República! Viva a Democracia.
Dr. João Tomaz Neto
 Advogado e Professor
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