Vivemos numa
República. Bem ou mal vivemos numa Democracia. Passada a Copa do Mundo, a maior
festa do futebol do universo, estão chegando às eleições, fruto da República e
da Democracia.
A propósito,
República deriva do latim res
publica, expressão que pode ser traduzida como "assunto
público". Uma das características mais importantes da República é a
vertente eleitoral. No entanto, existem outros aspectos muito importantes, como
a subordinação a leis fundamentais e à constituição (aprovada diretamente pelos
cidadãos ou pelos seus representantes eleitos), que servem para regrar a vida
política do país. Mas aqui interessa mesmo é o viés eleitoral.
Com efeito, eleições
são o meio de que se utilizam os cidadãos para exercitar a democracia que se
firma cada vez mais no Estado contemporâneo como democracia representativa,
posto que se confia a representantes a condução dos negócios públicos.
No futebol, não fomos
bem. Os representantes do futebol brasileiro decepcionaram os milhões de
torcedores que esperavam o hexacampeonato. Perdemos a copa. Com isso, alguém
deveria pagar o preço. Assim o técnico Luiz Felipe Scolari (O Felipão) foi
demitido sumariamente. Alguém mais até poderia ser culpado, mas era necessário
agir rápido, sobrou para o comandante. Perdeu o campeonato, perdeu o emprego.
E o que tem a ver
futebol com eleição? A princípio nada. Se tivéssemos ganhado a copa certamente
tudo. Mas há alguma lição a se tirar daí: não jogou (trabalhou) a contento,
escolhe-se a princípio outro técnico e, posteriormente, outros jogadores.
E na avaliação da
gestão da copa da coisa pública, como deve proceder o povo? Bem, deve
aproveitar o campeonato que culmina com as eleições, para manter ou tirar o
emprego dos escolhidos anteriormente. Se correspondeu as expectativas, voto
pela manutenção do mandato; Caso contrário, voto pela revogação. Afinal, são
eleições uma espécie de avaliação sumária dos nossos mandatários.
Em tempo, as eleições
são mais republicanas e democráticas do que a copa do mundo. Aquelas ocorrem a
cada dois anos, esta de quatro em quatro anos. Quem serão os nossos felipões?
Viva a República! Viva a Democracia.
Dr. João Tomaz Neto
Advogado e Professor
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