13/11 - A área técnica do Tribunal Superior Federal (STF)
apontou 17 indícios de irregularidade na documentação entregue pela equipe do
presidente eleito Jair Bolsonaro. A análise preliminar da prestação de
contas foi concluída nessa segunda-feira, 12. Com isso, os técnicos pedem que o
ministro-relator, Luís Roberto Barroso, dê prazo de três dias para que Bolsonaro
encaminhe documentos e esclarecimentos sobre os 17 itens levantados, além de
outros seis temas em que apontam inconsistências.
Entre os problemas listados pela equipe de análise
de prestação de contas está o descumprimento de prazos para informe à Justiça
Eleitoral de receitas e gastos, inconsistências entre dados informados pela
campanha e aqueles registrados em órgãos oficiais e recebimento de doações de
fontes vedadas.
Ao Todo, Bolsonaro declarou ter recebido R$ 3,7
milhões de financiamento coletivo, 85% de tudo aquilo que informou como receita
(R$ 4,4 milhões). Os técnicos também querem informe dos advogados que atuaram
para Bolsonaro. A campanha registrou ter gasto R$ 50 mil com serviços
advocatícios da Kufa Sociedade de Advogados, mas não listou outros que atuaram
na campanha.
Além disso, não há informações sobre a prestação de
serviços contábeis. Reportagens da Folha de São Paulo mostraram a
campanha de Bolsonaro omitiu dados da prestação de contas do primeiro turno.
Algumas das informações também não foram apresentadas na prestação final das
contas da campanha, entre elas o trabalho de um dos principais advogados da
campanha, Tiago Ayres.
A campanha de Bolsonaro registrou ter gasto R$ 50
mil com serviços da Kufa Sociedade de Advogados, mas não prestou informações
sobre os outros que atuaram na campanha. Nas 32 páginas do parecer da Asepa
(Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias) do TSE, os técnicos
querem detalhes desse trabalho e documentos sobre a contratação de seus
advogados.
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