O suicídio
se tornou uma epidemia de proporções globais, mata mais de 800 mil pessoas por
ano e 75% dos casos são registrados em países emergentes e pobres, não nas
capitais escandinavas, como a cultura popular insiste. Nesta quinta-feira, 4, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) publica, pela primeira vez em mais de 50
anos de história, um levantamento global sobre o fenômeno que tira a vida de
uma pessoa a cada 40 segundos.
Diante dessa realidade, a Organização Mundial de
Saúde vai lançar-se em campanha para ajudar governos a desenhar programas de
prevenção e reduzir a taxa em 10% até 2020. Hoje apenas 28 países pelo mundo
têm estratégias nacionais de prevenção. “Para cada suicídio cometido, muitos
outros tentam a cada ano”, alerta a OMS.
Em termos absolutos, o Brasil é o oitavo país do
mundo com maior número de casos de suicídio, mais de 11,8 mil em 2012. Mas, em
proporção ao tamanho da população, a taxa é inferior à média mundial. O que
preocupa os especialistas é que esse comportamento tem atingido número cada vez
maior de pessoas. Em apenas dez anos, o número de suicídios aumentou no País em
mais de 10%.
A liderança em termos de números absolutos é da
Índia, com 258 mil casos por ano. A China vem em segundo lugar, com 120 mil. Na
terceira posição estão os americanos, com 43 mil suicídios por ano, seguidos
por Rússia, Japão, Coreia, Paquistão e Brasil.
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