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14 de março de 2013

DE UM COLABORADOR, POR E-MAIL, AO BLOG MASSAPÊ INDO E VOLTANDO

COSTELETA & CAVANHAQUE

Em 1964, o jovem Francisco Lopes de Aguiar Neto – popular Chico Lopes, que nem imaginava conquistar a patente de soldado raso, imagine a de “coronel”, com 29 anos de idade, adotou um estilo visual um tanto quanto não convencional, no que diz respeito ao coro cabeludo facial, apresentando em demasiado, bigode, costeleta e cavanhaque, influenciado pelo estilo irreverente do saudoso cantor Raul Seixas, da qual era admirador, pois, gostava das suas melodias, notadamente “Maluco Beleza”. Amante da boa música, e de mulheres bonitas também, Chico Lopes por toda a sua vida, foi um boêmio incorrigível, daqueles de carteirinha. Conquistou várias namoradas, todas elegantes e inteligentes, requintadas e chiques, dignas de serem apresentadas como modelo, mas fugia do casamento assim como o diabo foge da cruz. Morreu novo (28/09/1989), mas viveu muito. Em meados dos anos sessenta, o futuro prefeito que administrou Massapê por duas legislaturas (1967-1971 e 1973-1976), sucedendo, respectivamente, Beto Lira e o doutor Miguel Eneas, acompanhado de dois amigos (farristas e beberrões contumazes), por volta das 8h da manhã transitava pela calçada da rua Senador Pompeu, no centro de Fortaleza, passando defronte ao tradicional e frequentadíssimo cabaré “Barba Azul”, ocasião que vararam noite festiva no Clube dos Massapeenses (é o novo?) na avenida Beira-Mar, ele, na qualidade de paraninfo de uma turma de formandos. Vestido a caráter, com um terno preto impecável, e ainda sob o efeito etílico de um bom uísque escocês, “O Galã do Arraial” foi abordado por uma atraente mulher, mísera na forma de se vestir, que gentilmente segurou sua mão e assim se dirigiu:
 - E aí Maluco Beleza, vamos??? Eu faço barba, cabelo e bigode!!!
Chico Lopes, diga-se de passagem, era muito exigente, e que só tinha gosto por mulheres requintadíssimas, para não ser indelicado com a prostituta, se fingiu de bobo, e apesar de não ter freqüentado com mais apuro os bancos escolares, saiu pela tangente com maestria diplomática, passando a mão no rosto e respondendo: Muito obrigado, minha senhora. Nem barba, nem cabelo e nem bigode. Eu preciso mesmo é fazer apenas e tão somente, costela e cavanhaque lá no Salão Cometa, no Beco de Cotevelo, em Sobral.
É que a sua mais nova estética, não foi aprovada pelas formandas, com as quais compartilhou alguns passos de valsa naquela noite inesquecível, noite de gala.
Fonte fotográfica: Dona Izabel Aguiar.
Do livro: Coronel Chico Lopes – Vida & Obra – Autor Ferreirinha
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