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17 de janeiro de 2020

PT DE LUZIANNE E MDB DE EUNÍCIO CAMINHAM PARA SE ALIAR EM FORTALEZA


17 de Jan 2020 - O MDB não terá candidato a prefeito de Fortaleza e pretende jogar suas fichas numa aliança com o PT. Sem nomes de peso para lançar candidato, a sigla vai focar na disputa por cadeiras de vereador. Na eleição majoritária, a ideia do partido é, no máximo, indicar um candidato a vice.

Para o PT, que elegeu a maior bancada da Câmara dos Deputados, a aliança garante um tempo de TV que torna viável uma candidatura do partido. Focus apurou que a deputada federal Luizianne Lins (PT) e o presidente estadual do MDB, Eunício Oliveira, já mantiveram conversas a respeito.

Com as rédeas do partido nas mãos, o ex-senador Eunício Oliveira mantém intactas as suas relações com o governador Camilo Santana, que é do PT, mas se mantém devoto do grupo político comandado por Ciro e Cid Gomes. O desejo maior de Eunício é marchar com Camilo, mas as relações do governador com o prefeito Roberto Cláudio torna improvável essa linha.

Eunício apontou RC como um dos responsáveis pela sua derrota na disputa por um das duas vagas de senador, em 2018. As relações entre e Ciro Gomes também são as piores possíveis. Portanto, resta ao ex-presidente do Senado abrir as conversas com o PT e manter a expectativa de que Camilo apoiará publicamente a possível candidatura do partido a prefeito de Fortaleza.

Eunício vai trabalhar em 2020 preparando o terreno para si mesmo em 2022. Tendo como ponto de vista o cenário político de hoje, o mais provável é que o emedebista tente voltar à casa a qual já pertenceu. No caso, a Câmara dos Deputados.
Há diferenças importantes entre o Eunício que disputou suas primeiras eleições de deputado federal na década de 1990 e o que pode disputar as eleições de 2022 para o mesmo cargo. O ex-senador se desfez praticamente de todos os seus negócios, tendo mantido apenas uma fazenda de gado e soja em Goiás. Portanto, em vez do rico e atuante empresário, trata-se hoje de um rico político que perdeu a eleição mais fácil de sua carreira, mas que se mantém como chefe do MDB.
(Fábio Campos/Focu)
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