16 de Jan 2020 - Segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que pediram aposentadoria tem direito de receber o benefício desde a data que deram entrada no pedido caso ele seja deferido. Além disso, os processo que tiverem atraso superior a 45 dias terão de ser corrigidos pela inflação desde o dia que o segurado pediu o benefício até seu pagamento. Segundo o instituto, há atualmente 1,3 milhões de pedidos pendentes.
A demora para o pagamento da aposentadoria, além de prejudicar a vida do segurado que precisa contar com o dinheiro do seu benefício, também complica a situação dos cofres públicos.
Caso a demora ultrapasse os 60 dias, o segurado pode pleitear na Justiça o pagamento via mandado de segurança, afirma o advogado previdenciário João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin. A falta do pagamento pode até render uma ação de danos morais contra o órgão, mas é preciso consultar um especialista para ver se vale a pena ou não brigar judicialmente com o instituto.
Além da correção dos atrasados e de uma possível judicialização, a fila do INSS também vai onerar as contas públicas pelo mutirão a realizado pelo governo para agilizar os benefícios. O INSS contará com reforço de 7 mil militares para a análise de benefícios. Eles terão 30% de bônus sobre o que recebem para participar da ação. Ao todo, o programa custará 14,5 bilhões de reais ao governo.
Segundo o INSS, o motivo dos pedidos represados é a falta de atualização dos sistemas do instituto com as regras da reforma previdenciária, em vigor desde novembro do ano passado. Mas o problema maior não está nos sistemas ou mesmo na limitação dos servidores do órgão em analisar os pedidos. O INSS estava sem caixa para liberar novos benefícios sob o risco de estourar o orçamento de 2019.
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