O
senador Eunício Oliveira (PMDB) recebeu propina da JBS em dinheiro vivo e
indicou empresas para depósito de dinheiro irregular. A acusação é da revista
Época que teve acesso a documentos exclusivos dos irmãos Joesley e Wesley
Batista detalhando os repasses que tiveram como finalidade o abastecimento de
campanhas eleitorais.
Além
do presidente do Congresso Nacional, teriam recebido propina em espécie outros
parlamentares, ministros do governo Temer, como Bruno Araújo, Gilberto Kassab,
Helder Barbalho e Marcos Pereira. O cacique do PSD é acusado de receber R$ 18
milhões.
A revista narra ainda, com detalhes, a entrega de "uma volumosa caixa de papelão" com R$ 1 milhão de reais para Michel Temer, na campanha de 2014, quando concorria na chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A
publicação aponta informações inéditas do que havia sido informado pelos
empresários nas delações premiadas. Entre as novidades, estão a propina de US$
1 milhão paga o ex-ministro Antonio Palocci, em 2010, através de conta nos
Estados Unidos.
Segundo
a revista, duas contas nos Estados Unidos eram reservadas para depósito de
propina para Lula e Dilma. Na primeira, teriam sido depositados R$ 162,3
milhões desde 2009, e para a última, R$ 185,5 milhões desde 2010.
Documentos
comprovariam que esses recursos eram frutos de financiamentos entre o BNDES e a
JBS para abastecer a campanha de Dilma à reeleição. “A cada liberação de
recursos, um percentual ia para duas contas nos Estados Unidos”, diz a
reportagem. Ainda segundo a publicação, de 2006 a 2017 a JBS e empresas dos
irmãos Batista, teriam pago de propina R$ 1.124.515.234,67.
O
outro lado
A
assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma rebateu as acusações de propina
para abastecer a campanha alegando que "todas as doações foram feitas
dentro da lei" e que as declarações dos irmãos Batista não são baseadas em
provas. "Agora, lança uma nova denúncia sem prova. A desfaçatez dos
mentirosos não tem limites", diz a nota publicada nas redes sociais da
petista.
Lula
e Michel Temer não responderam às acusações. A assessoria de imprensa do
presidente do senado foi procurada e ficou de encaminhar nota ao O POVO,
que não havia chegado até o fechamento da página.
(Inf. O Povo)
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