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30 de julho de 2017

RECURSOS DA JBS: EUNÍCIO RECEBEU DINHEIRO VIVO DE PROPINA, DIZ REVISTA ÉPOCA

O senador Eunício Oliveira (PMDB) recebeu propina da JBS em dinheiro vivo e indicou empresas para depósito de dinheiro irregular. A acusação é da revista Época que teve acesso a documentos exclusivos dos irmãos Joesley e Wesley Batista detalhando os repasses que tiveram como finalidade o abastecimento de campanhas eleitorais.

Além do presidente do Congresso Nacional, teriam recebido propina em espécie outros parlamentares, ministros do governo Temer, como Bruno Araújo, Gilberto Kassab, Helder Barbalho e Marcos Pereira. O cacique do PSD é acusado de receber R$ 18 milhões.

A revista narra ainda, com detalhes, a entrega de "uma volumosa caixa de papelão" com R$ 1 milhão de reais para Michel Temer, na campanha de 2014, quando concorria na chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A publicação aponta informações inéditas do que havia sido informado pelos empresários nas delações premiadas. Entre as novidades, estão a propina de US$ 1 milhão paga o ex-ministro Antonio Palocci, em 2010, através de conta nos Estados Unidos.

Segundo a revista, duas contas nos Estados Unidos eram reservadas para depósito de propina para Lula e Dilma. Na primeira, teriam sido depositados R$ 162,3 milhões desde 2009, e para a última, R$ 185,5 milhões desde 2010.

Documentos comprovariam que esses recursos eram frutos de financiamentos entre o BNDES e a JBS para abastecer a campanha de Dilma à reeleição. “A cada liberação de recursos, um percentual ia para duas contas nos Estados Unidos”, diz a reportagem. Ainda segundo a publicação, de 2006 a 2017 a JBS e empresas dos irmãos Batista, teriam pago de propina R$ 1.124.515.234,67.

O outro lado
A assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma rebateu as acusações de propina para abastecer a campanha alegando que "todas as doações foram feitas dentro da lei" e que as declarações dos irmãos Batista não são baseadas em provas. "Agora, lança uma nova denúncia sem prova. A desfaçatez dos mentirosos não tem limites", diz a nota publicada nas redes sociais da petista.

Lula e Michel Temer não responderam às acusações. A assessoria de imprensa do presidente do senado foi procurada e ficou de encaminhar nota ao O POVO, que não havia chegado até o fechamento da página.

(Inf. O Povo)
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