“Senhor
Presidente Michel Temer, o Jornal do Brasil há três dias pede a intervenção no
grupo JBS por uma só razão: se foi com dinheiro do povo que a empresa adquiriu
esse patrimônio e esse dinheiro vinha do BNDES, o patrimônio então não é dela.
Por que, até agora, não houve uma intervenção no patrimônio físico e jurídico
da JBS?
Senhor
Presidente, se, como o senhor defende, Joesley Batista era um conhecido
fanfarrão e um presidente não deveria receber um fanfarrão, por que autorizar o
passaporte para o empresário sair do país e não comunicar o fato ao Ministro da
Justiça, mesmo depois da conversa entre o senhor e o dono da JBS?
Senhor Presidente, se está identificado o rombo que o delinquente deu ao país, por que o Brasil não pede à Interpol sua prisão e sua devolução ao Brasil?
Senhor Presidente, se nós sabemos de tudo isso, dos deslizes do delinquente no BNDES, por que o banco não suspende e liquida seu crédito, executando sua dívida e tomando seu patrimônio?
Senhor Presidente, Joesley ter elogiado o Ministro da Fazenda sabendo da posterior divulgação do áudio não é uma crítica ao Ministro da Fazenda, é uma farsa como declaração. Não é normal que um conhecido fanfarrão possa ter em sua empresa funcionários que não têm identificado o tempo que trabalhou e que este nunca alertou ao país, nem ao governo, nem ao senhor.
Senhor Presidente, Joesley só disse que a declaração sobre a compra juízes não era verdade depois de ter dito ao senhor que ele subornava juízes e procuradores. Por que, então, não se tomou imediatamente medidas contra esse delinquente?
Senhor Presidente, nós torcemos pelo Brasil, nós todos queremos o Brasil para nossos filhos e nossos netos, mas temos que dar prioridade aos pobres. Não é só Joesley quem pratica a delinquência contra o país. E a Odebrecht, a Andrade Gutierrez, a Camargo Correa e todas aquelas e aqueles que fizeram o Brasil entrar nessa crise, a maior da história do Brasil? Eles são diferentes de Joesley? Aquele que levou dinheiro para Yunes pode ainda estar solto?
Senhor Presidente, não é a crise que é séria, o que é sério é a pobreza, e a pobreza é assistir todo dia a um novo delinquente ficar mais rico, com financiamentos do BNDES. Tudo isso é o sangue do trabalhador brasileiro sendo sugado.
Não
devemos esperar que essa reação parta do povo, pois se esperarmos que ela venha
do povo, não seremos nós que seremos os juízes”.
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