31 de JUL 2020 - Cerca de 2,8 milhões de empresas em
funcionamento na segunda quinzena de junho, 62,4% perceberam impactos negativos
decorrentes da crise do novo coronavírus em suas atividades.
O impacto é maior
em empresas de pequeno porte, com até 49 funcionários – o maior contingente da
amostra– em que 62,7% perceberam efeitos negativos; ante 46,3% das de porte
intermediário, com até 499 funcionários, e 50,5% entre as de grande porte, com
500 funcionários ou mais. São os dados da pesquisa Pulso Empresa, divulgados
hoje (30) pelo IBGE.
A pandemia afetou 65,5% de 1,2 milhão de empresas de serviços, especialmente aqueles prestados às famílias (86,7%); e também 64,1% de 1,1 milhão de empresas do comércio em geral, com maior percepção de reflexos negativos no segmento de veículos, peças e motocicletas (74,9%). Na indústria, o impacto negativo foi percebido por 48,7% das 306 mil empresas; e, na construção, por 53,6% das 153 mil empresas do setor.
“Os serviços
prestados às famílias incluem bares, restaurantes e hotéis, atividades que
dependem de circulação de pessoas, turismo e viagens. Era de se esperar que
essas atividades fossem mais impactadas. Já o segmento de veículos, peças e
motocicletas também foi afetado pelo funcionamento parcial dos Detrans e das
concessionárias, além da decisão de compra de um bem durável, que tem de ser
bem pensada pelas famílias num momento de desemprego e de incertezas”, explica
Flávio Magheli, coordenador de Pesquisas Conjunturais em Empresas do IBGE.
Entre as grandes regiões, o Nordeste é onde as empresas foram mais atingidas pela crise do novo coronavírus (72,1%), seguido por Sudeste (65%) e Centro-Oeste (62,9%).
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