19/04 - O anúncio da alta de R$ 0,10 do
diesel, na noite de quarta-feira, 17, dividiu a categoria dos caminhoneiros.
Uma ala já se articula para uma paralisação no dia 29 de abril, mas outra turma
aposta nas negociações com o governo e prefere esperar.
O caminhoneiro Wanderlei Alves, conhecido
como Dedéco, considerado um dos líderes da greve de 2018, diz que não tem outra
alternativa a não ser decretar uma greve. “Alguns grupos nossos decidiram que
vamos parar no dia 29 a partir das 0h. É o prazo que o governo tem para
resolver esse impasse”, afirma ele.
Apesar da frustração, também há boa vontade
por parte dos caminhoneiros em dar mais tempo para o novo governo, segundo Ivar
Luiz Schmidt, um dos líderes do Comando Nacional do Transporte (CNT) no Nordeste.
A maioria votou em Jair Bolsonaro para presidente e ainda espera que ele faça
alguma coisa pelos motoristas, de acordo com o caminhoneiro. Ainda assim,
motoristas afirmam, em relatos de motoristas publicados em redes sociais, que
“paciência tem limite”.
Nos grupos de WhatsApp, as medidas dos
últimos dias são vistas como resultado da fragilidade da categoria, que não se
valoriza. Outra reclamação tem sido frequente entre eles: a insatisfação quanto
à representatividade da categoria em Brasília. Muitos tentam se articular para
conseguir colocar outras lideranças no Planalto e emplacar as reais
reivindicações.
A Confederação Nacional
dos Transportadores Autônomos diz não saber nada sobre a movimentação de greve
para o dia 29 de abril.
(Veja)
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