07/06 - O dia 7 de junho é marcado pela
comemoração da liberdade de imprensa. A liberdade de imprensa é o direito dos
profissionais da mídia de fazer circular livremente as informações, um
pressuposto para a democracia. O contrário dela é a censura, própria dos governos
ditatoriais, que limitam o poder de ação da mídia de acordo com seus interesses
particulares.
A data é celebrada por profissionais da área através do exercício de seu trabalho ou mesmo em protestos. Em recompensa ao trabalho árduo da imprensa, existem diversos prêmios que prestigiam atuações em situações nem sempre favoráveis à liberdade, como a cobertura de países em guerra, por exemplo.
É importante que este dia nos lembre que os meios de comunicação têm o direito e o dever de manter os cidadãos informados. Entretanto, ser livre não quer dizer desrespeitar a liberdade dos outros. Por isso, a imprensa tem o direito de liberdade, mas também tem uma obrigação com a ética. Essa conduta serve para evitar que fatos sejam divulgados sem a devida apuração da verdade, pois a repercussão pode fugir do controle. A força de uma afirmação errada é bem maior do que de um direito de resposta.
A impressão era proibida no Brasil
na época da monarquia. Ela só surgiu com a chegada da família real em 1808.
Depois disso, a primeira assembleia constituinte elaborou a nova lei de
imprensa, dando liberdade à publicação, venda e compra de livros, porém com
algumas exceções.
O período da república no Brasil
foi marcado por vários atentados à liberdade de imprensa. Durante a República
Nova, a primeira lei de imprensa retirava do código penal os crimes de imprensa
e reformou o processo desses crimes, além disso, instituiu o direito de
resposta.
Durante o regime militar, também
foi instituída a chamada lei de imprensa, estabelecendo importantes
restrições à liberdade de expressão. Todo e qualquer tipo de notícia deveria
passar pelo crivo de censores, sendo barrada quando detectada alguma
hostilidade ao governo. Durante os "anos de chumbo", chegou-se a criar
um Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para executar essa tarefa. Os
anos da ditadura militar na América Latina serviram para fortalecer o ideal de
liberdade e democracia pregado pelos agentes da imprensa.
Mas com o fim do período
ditatorial e com o advento da Constituição Federal de 1988, os fundamentos
legais acerca do direito à informação foram estabelecidos, garantindo a
liberdade de imprensa, desde que vedado o anonimato.
(PortoWeb)
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