Para
lideranças da oposição no Ceará, a negação pública de Tasso Jereissati (PSDB)
sobre a candidatura no ano que vem enfraquece as fileiras opositoras para a
disputa de 2018 e aproxima Eunício Oliveira de Camilo Santana
Camilo
Santana (PT) e Tasso Jereissati (PSDB) durante encontro no Palácio da Abolição,
do qual também participou Roberto Cláudio (PDT)
A
negativa do senador Tasso Jereissati (PSDB) sobre a candidatura ao Governo do
Estado no ano que vem caiu como uma ducha de água fria na oposição. Para
lideranças do bloco opositor, a decisão do tucano esfria as articulações
adversárias ao Palácio da Abolição e aproxima o senador Eunício Oliveira (PMDB)
do governador Camilo Santana (PT).
Desde
que Tasso admitiu a aliados, na primeira semana de outubro, em reunião
reservada, a possibilidade de se candidatar pela quarta vez ao Executivo
cearense, a oposição havia ressuscitado os projetos eleitorais para o ano que
vem.
A
recusa, no entanto, deixa o grupo na estaca zero.
“Não,
não existe essa possibilidade, não (de concorrer ao governo). Não é viável. Eu
defendo sempre renovação, há muito tempo que eu defendo renovação. Eu acho que
é ruim a perpetuação de uma geração no poder, tem que dar espaço a novas
lideranças”, disse na manhã de ontem o senador tucano ao jornalista Luiz Viana,
em entrevista ao programa O POVO no Rádio, na rádio O POVO/CBN.
Foi
a primeira declaração pública do parlamentar sobre as conversas de bastidores
que giravam em torno da candidatura do tucano como meio de fortalecer a
oposição, atualmente enfraquecida.
Dia
6/10. O senador Tasso Jereissati (PSDB) se reuniu com lideranças da oposição do
Ceará no seu escritório particular em Fortaleza. Segundo os deputados Genecias
Noronha (SD) e Capitão Wagner (PR), o ex-governador teria admitido se lançar
candidato como forma de unir a oposição enfraquecida.
Dia 27/10. O senador Eunício Oliveira (PMDB) diz, em encontro regional do partido, em Solonópole, que ainda não havia formalizado aliança com nenhum grupo político do Ceará para o ano que vem.
Único
deputado tucano na Assembleia Legislativa, Carlos Matos disse que a candidatura
nunca foi nem será desejo do senador Tasso Jereissati. Segundo ele, o contexto
pode obrigar a disputa do ex-governador contra Camilo Santana em 2018.
"Ele também falou que cuidaria dos netos em 2010, e hoje está no Senado. O
contexto político é que traz o nome", afirmou.
O
POVO procurou o presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, para comentar a
declaração do senador, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.
Fonte: O Povo