O
avanço da Lava Jato, com a expectativa da divulgação das delações
da Odebrecht, está fazendo parlamentares repensarem
seus planos para as eleições de 2018, quando estarão em disputa todas as 513
vagas da Câmara e dois terços das 81 cadeiras do Senado. Políticos buscam
"caminhos" para manter o foro privilegiado e continuar sob a alçada
do Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ritmo é mais lento em comparação à
primeira instância.
No
Congresso, há pelo menos três movimentos nesse sentido. O primeiro é de
senadores que queriam disputar governos estaduais, mas já pensam em não
arriscar e devem tentar a reeleição. Outro movimento é de senadores que
reconhecem a dificuldade que terão para se reeleger e cogitam disputar uma vaga
para a Câmara. Há, ainda, deputados que pretendiam disputar o Senado, mas estão
refazendo planos para tentar se manter no cargo.
No
primeiro grupo está, por exemplo, o presidente do Senado, Eunício
Oliveira (CE), um dos 15 senadores do PMDB que devem
disputar novo mandato na Casa. Eunício tinha planos de disputar de novo o
governo do Ceará mas, segundo aliados, mudou de ideia. Para tanto, vem se
aproximando do governador Camilo Santana (PT) que o derrotou em 2014. Eunício,
conforme interlocutores, não descarta uma aliança com o petista para concorrer
ao Senado na chapa do governador.
Caso
concorra ao governo do Estado, o peemedebista pode não ser eleito e perder a
prerrogativa de foro. Citado na delação do ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo
Filho, que disse ter repassado dinheiro ao senador como contrapartida à
aprovação de uma medida provisória, Eunício é um dos alvos dos 83 pedidos de
inquéritos feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao STF,
com base nos acordos da empreiteira. O peemedebista nega irregularidades.
Informação no
DN, via Estadão
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