Especula-se
que Temer tenha antecipado a volta da viagem ao Japão para ter uma conversa
muito séria com o ministro da Justiça a respeito da inesperada e desastrosa
prisão de Eduardo Cunha.
Daquelas que
não se pode ter ao telefone.
Temer teria
dito a Alexandre de Moraes que a delação premiada de Cunha, que virá mais cedo
ou mais tarde, deve ser mantida em sigilo. Custe o que custar. Impedi-lo de
falar não é mais possível, mas vazamentos não serão admitidos.
O recado ou a
ordem foi transmitida por Moraes ao chefe da Polícia Federal em reunião da qual
saiu falando à imprensa a respeito do episódio conhecido como “Spy vs. Spy”, só
para despistar.
Calar Cunha:
essa é a ordem do Planalto.
Temer começou
a semana proclamando-se candidato a salvador da pátria e levando ao mundo a boa
nova de que o Brasil “estava recomeçando”.
Mas termina
escancarando a fragilidade do seu governo e lutando para salvá-lo e se salvar.
Esse é um
governo que não resiste a uma delação premiada.
Temer tem o
que temer.
Brasil 247
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