A
Globo lançou uma operação de salvamento de Babilônia. Rejeitada por parte do
público e boicotada por evangélicos, a nova novela das nove derrubou a
audiência do horário nobre da emissora em 19% e, se não reagir, poderá entrar
para a história como o mais baixo ibope das 21h. Desde ontem, para recuperar o
público que migrou para SBT e Record, a Globo exibe chamadas introduzindo
didaticamente as tramas da novela, em uma ação chamada de
"relançamento". Mudou também a abertura e a apresentação da
logomarca.
Os
intervalos também estão sendo bombardeados por chamadas apresentando tramas
paralelas, como a do "político picareta" Aderbal (Marcos Palmeira) e
do romance entre Rafael (Chay Suede) e Laís (Luisa Arraes), um Romeu e Julieta
contemporâneo. As vilãs Inês (Adriana Esteves) e Beatriz (Gloria Pires) também
estão sendo mostradas como inimigas que viraram aliadas. O esforço envolve
também o jornalismo. Neste domingo, Camila Pitanga aparecerá no Fantástico
apresetando o morro da Babilônia.
As
mudanças são a primeira reação da Globo à baixa audiência de Babilônia. Por
enquanto, nada vai mudar na trama, que tem grande frente de capítulos escritos.
Mudanças só ocorrerão após uma reavaliação do departamento de teledramaturgia e
de pesquisas com grupos de telespectadores.
No
horário nobre, o número de televisores ligados permaneceu praticamente estável
(de 61,9 na reta final de Império para 61,1 com Babilônia). O que explica a
queda da Globo, além do baixo ibope da novela, é a simples troca de canal. SBT
e Record tiveram crescimento expressivo desde que a nova trama das 21h foi
lançada.
O
SBT, com a reprise de Carrossel, saltou 31% nos últimos dez dias (de 7,0 para
9,2). A Record, que estreou Os Dez Mandamentos na última segunda (23), subiu de
7,2 para 8,8, crescimento de 21%. Na média das 24h, as duas emissoras estão
empatadas (5,1). Cada ponto equivale a 67 mil domicílios na Grande São Paulo.
UOL
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