Prefeito eleito de
Massapê com uma das mais salutares conquistas nas eleições do dia
7 de outubro de 2012, em seguida prefeito diplomado pelo Poder
Judiciário, depois prefeito empossado pelo Poder Legislativo e,
enfim, com transmissão de posse no primeiro dia de 2013, Antonio
José Albuquerque foi ovacionado por uma multidão que compareceu
espontaneamente na sede do Poder Executivo, em clima de festa, de
forma redobrada, com a forte chuva que caiu dos céus, prenunciando
uma boa quadra invernosa. Duas são as esperanças de dias melhores,
a primeira, política e a segunda, divina, ambas insinuadas pela “A
Força do Novo Tempo”. Aguardemos ansiosos, pois, coincidência ou
não, tudo isso são apenas e tão somente, “Os Sinais dos Tempos”.
Como um animal acuado perdendo seu território para o predador na
cadeia alimentar, o ex-prefeito João Pontes, em respeito ao
protocolo, num gesto brilhante e heróico compareceu ao ato de
transmissão de posse, infelizmente sozinho, no mato sem cachorro,
mas com extrema bravura, comparado à figura bíblica de Sanção,
que enfrentou a tudo e a todos. Destarte, seria indelicadeza de sua
parte, o não comparecimento. Reportemo-nos aos idos do século
passado, mais precisamente aos 19 de março de 1915 - dia alusivo a
São José, o padroeiro do Ceará, data essa, extrema, estabelecida
pela vã filosofia popular como a derradeira esperança para o
início, ainda que tardio, do inverno, ocasião que um grupo de
pessoas desocupadas, jogavam conversa fora na tradicional Praça do
Ferreira no centro de Fortaleza, rogando para que as densas e
rasteiras nuvens escuras desfiassem ao sabor do vento leste para
oeste, naquela sombria tarde, quando de repente, eis que se
dispersaram no horizonte, e um forte raio de sol surgiu do nada, como
um relâmpago, ocasião que não restou outra alternativa aos ali
presentes, senão, vaiar coletivamente de viva voz em coro demasiado,
o nosso Astro Rei – o Sol. Como uma onda, as manifestações de
desagrado ressoaram em forte escala por toda a cidade, atingindo
proporções inimagináveis, e como que, um castigo sobrenatural,
ocorreu um fenômeno atmosférico sem precipitações, e os
nordestinos sofreram na própria pele, porque não dizer, uma das
suas maiores estiagens, conhecida por “Seca do Quinze”. Foi uma
época de agruras, onde só existiam lamúrias e ranger de dentes. O
cearense que geneticamente ri da própria desgraça, imaginem das dos
outros, num gesto impensado, com agressividade latente, regrediu aos
instintos mais primitivos da natureza e medida humanas, como um cruel
algoz que mata sorrindo sua indefesa vítima para chorar copiosamente
no enterro, vaiou em via pública, o ex-prefeito João Pontes que se
desvencilhou pela tangente, digno de um fugitivo de um filme de ação
americano, como um cachorrinho com o rabo entre as pernas. Merecida
ou não, a histórica vaia prenunciada, à exemplo daquela relatada
anteriormente, ficará registrada nos anais da história de Massapê,
que vivia um período de trégua desde o histórico blecaute de 1997.
Então, sugiro ao nobre e digníssimo ex-prefeito, que se quiser ser
feliz por um instante, se vingue; e se quiser ser feliz para sempre,
perdoe.
Do
livro: Estórias & Casos com Causos & Histórias de Massapê
– autor: Ferreirinha.
Lamentavelmente, algumas pessoas, sem educação, tentaram hostilizar na hora da transmissão de cargo, mas isso não afetou simplesmente em nada.
ResponderExcluirEm momento algum foi constrangedor, muito menos vergonhoso, pois o Prefeito João Pontes estava saindo de cabeça erguida, com uma prefeitura saneada, sem dever a nenhum fornecedor, enfim.
Se as vaias tivessem partido de pessoas com educação e de pessoas decentes, teriam atingido, mas partindo da escória de Massapê, como foi o que aconteceu,absolutamente em nada atingiu ao Senhor João Pontes e ném o Paulo Gilson Farias.