Residente há dez anos em Massapê, outrora
vinte e dois anos radicado em São Paulo, o povo e a cidade forneceram-me
fabuloso material para minhas narrativas, com elementos folclóricos que se
fundem nas criações da minha fértil imaginação. Não fosse o meu desafortunado
estado involuntário de riqueza material, em jogo, a minha mais precária
condição humana, indigna de viver, decerto eu já teria escrito e, quiçá, publicados,
não apenas seis, mas uma dúzia de livros, intimamente correlacionados com a
história de Massapê. Em andamento, só para ilustrar: O Neto do Governo Preto, A
Saga de Milton & Cléa, Cruz da Joana, Gruta da Nega, Pontes X Cunha – O
Confronto Fatal, Índios Tapuios & Olho D’água da Racha e Os Teixeira:
Remanescentes de Quilombolas. Finalizados, são seis livros e um filme, (todos bairristas),
que resgatam a memória do nosso histórico e centenário município, aguardando a
boa vontade dos senhores gestores municipais, para que faça funcionar de
verdade, uma secretaria que se intitula da Cultura e mais alguma coisa. Quiçá,
com a força e vontade dos jovens desse novo tempo que se avizinha, apareça uma.
Enfim, é tempo de ter coragem e tomar decisão!!!
Histórias que me contaram de Massapê
O livro se divide em duas partes,
ilustradas com fotos históricas: a primeira, didática, voltada para alunos da
rede de ensino Fundamental e Médio; a segunda, resgata a história de Massapê,
renegada ao longo do tempo. (245 páginas).
1.Estórias
& Casos com Causos e Histórias de Massapê
Uma coletânea de estórias engraçadas e
fatos curiosos, ocorridos com personalidades, figuras folclóricas, políticos e,
pessoas do povo simples e humilde de Massapê, tendo um fundo
de verdade, daí o título do livro. (129
páginas).
2. Expedito Ferreira/Galinha D’água - Trajetória de Vida
O conteúdo desse livro é o resumo e a
reconstituição fiel dos fatos e casos curiosos, ocorridos com um homem dotado
de peculiaridades, caprichos e manias, e que deixou sua marca registrada. Há
pessoas que se tornam legendárias pela sua virtude e pelo seu feito. Que se
tornam na vida esse mistério de presença necessária. Mesmo que desapareçam da
circulação humana, continuarão vivas na lembrança, na amizade e no
enternecimento que souberam criar. A história se repete no tempo. E os homens
nos homens. Expedito Ferreira para uns, ou simplesmente Expedito Galinha D’água
para a maioria, foi, sem dúvida, um desses tipos que vai adelgaçando, através
dos tempos, para se tornar quase um símbolo. Um símbolo de honradez, de
honestidade, de dedicação e de amor ao
trabalho. O protagonista dessa obra está vivo no exemplo que não morre. Na
lembrança que não se extingue. No símbolo que se eterniza, pois, continua vivo
na alma e no coração de muitos massapeenses. (110 páginas).
4. As
Anedotas do Jaime Lira – O Parea - Você vai morrer de rir... Mas ressuscitará
Comerciante, de cognome “Parea”, tornou-se
figura folclórica, se destacando no seio da sociedade massapeense não apenas
por ser um exímio contador de estórias, mas por vivenciá-las no seu dia-a-dia.
Ele tinha a capacidade e facilidade de criar e contar piadas. Deixou-nos um
conjunto de “causos” muito bem contado pela vã filosofia popular, e agora
oportunamente registrado em um livro, muito embora, sejam as anedotas, de
autoria de domínio público, portanto, sem reservas dos direitos autorais. De
estilo ímpar na forma de se vestir (calça branca, camisa colorida de mangas
compridas, sapatos brancos, óculos escuros, chapéu panamá e devidamente
adornado com relógio, cordões e anéis), aliado a uma personalidade muito forte,
mas compartilhada de um espírito humorista, que sempre lhe foi peculiar,
fizeram dele, a marca registrada do “bom malandro”, na melhor das acepções.
Boêmio, amante da noite, alegre e extrovertido, tratava seus amigos pela
alcunha “Parea”. Alcoólatra? Não. Para os mais íntimos dizia ser apenas um
consumidor etílico. Afirmava que ainda iria morrer com uma “Boa Idéia” na
cabeça, fazendo alusão a aguardente 51. Que ironia do destino: nasceu dia
02/06/1944 e faleceu dia 19/07/1995, completados 51 anos, 1 mês e 17 dias.
Somando-se sua idade: 51=( 5 + 1 ); 1 mês= ( 1 ); 17 dias= ( 1 + 7 ) = totalizam 15 que invertido, equivale à sua “Boa Idéia” – o aguardente 51. (130 páginas).
5. CHICO
DA SANTA – Vida & Obra
Chico da Santa e eu, conservamos
estreito laço de amizade desde 2005, por ocasião da 57ª edição do Chitão dos
Pobres de Massapê, ocasião que, por iniciativa própria, fiz justa e honrosa
homenagem ao artista plástico ao lado da sua escultura simbolizando a imagem de
Nossa Senhora de Fátima, em Massapê. De lá para cá, fomos vizinhos e até
moramos juntos dividindo o mesmo teto, de modo que, tive o privilégio de
conhecer mais a fundo esse grande amigo, essa lenda viva que faz parte do nosso
cotidiano. “Chico da Santa – Vida & Obra” resultou de um minucioso trabalho
reconstituindo a vida pregressa do personagem, após o informal convite que lhe
fiz de homenageá-lo vivo, e não pós morte. De imediato ele ficou, deveras,
encantado com o projeto, me autorizando publicar sua biografia. (155 páginas).
6. Crônicas
Alegres & Algo Mais...
Um livro, escrito a cada dia, atualmente
com 498 páginas, sem gravuras e ou ilustrações, reunindo crônicas, contos,
poemas, editoriais, idéias, manifestos e algo mais.
7.
O Neto do Governo Preto
Um filme de época (curta
metragem), que conta as peripécias do meu avô materno Assis Joalheiro,
notadamente com sua máquina fazedora de dinheiro falso. Toda criança carrega
para a idade adulta, um apelido lhe dado pela vá filosofia popular. O meu e dos
meus irmãos era “Neto do Governo Preto” – Neto, por eu ser neto do meu avô;
Governo, porque ele tinha uma Casa da Moeda na sua residência e Preto, por ele
ter a pele escura. Baseado em fatos reais, é mais que um filme, um
documentário, com direção e roteiro de minha autoria.
Prezado amigo Aldenis Fernandes, em época de
campanha eleitoral o povo massapeense respira política. A seguir, o primeiro de
uma série de mais de uma dúzia de casos engraçados envolvendo esse tema, que
semanalmente enviarei por E-mail, todos inéditos,
para serem postados em primeira mão no seu blog.
PREFEITURA OU
ZOOLÓGICO?
Sede da PMMassapê |
O gestor municipal de Massapê no início da
década noventa era Jacques Albuquerque (1989-1992), que, muito vaidoso, diariamente
usava sapatos engraxados e bem polidos. Em uma plena segunda-feira, o sapateiro
Dedé Pinto, amuado de ressaca, se dirigiu até a prefeitura para entregar um par
de sapatos ao então prefeito. Logo na porta principal ele se depara com o
Gerardo Gatim, que foi logo o indagando:
- Você quer falar com quem, Dedé Pinto?
- Com o Jacques.
Já na ante-sala, Dedé Pinto se encontra com o
Chico Rato que pergunta:
- Dedé Pinto, tu vai falar com quem?
- Com o Jacques.
Ao adentrar o gabinete do ilustre prefeito,
Dedé Pinto foi abordado na porta pelo Zé Leão, que disse:
- Vai falar com quem, Dedé Pinto???
Dedé Pinto que acabara de tomar uns tragos de
cachaça serrana para melhorar da ressaca, e aporrinhado com tantas abordagens
inúteis, ao se encontrar com o nobre prefeito, esbravejou:
- Jacques, eu estou na prefeitura ou é num zoológico???
- É claro que é na prefeitura. Por que você
me faz esta pergunta, meu amigo Dedé Pinto?
- Porque o “Pinto” aqui, agora há pouco se
desviou de um “gato”, em seguida de um “rato”, depois de um “leão” e agora se
depara diante de um formoso “Cabeça-de-Fita”!
Do livro: Estórias & Casos com
Causos e Histórias de Massapê
–
Autor: Ferreirinha.
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