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28 de julho de 2012

E A FESTA ACABOU...

Veja o e-mail, abaixo, recebido pelo blog Massapê Indo e Voltando, no qual trata da história do Chitão dos Pobres, idealizado pelo sr. Expedito Galinha D'água (in memoriam), e nos últimos anos realizado pelo amigo Ferreirinha. 
A cada ano que se passa, o público cativo do Chitão dos Pobres de Massapê vai se tornando escasso, isto porque são dançarinos contemporâneos, com faixa etária de quarenta, cinqüenta e até sessenta anos. E isto se justifica, pois, dada à idade, uns se acomodam e não saem mais para curtir, outros adoecem e até morrem, de modo que, todos os anos este processo se repete, ao ponto de um dia, não ter dançarinos para abrilhantar esta tradicional festa, que em 2012, completou 64 anos de tradição. A não ser que, mudemos o repertório, que sempre foi recheado de xote, baião e xaxado, e não o que se ouve. “Chupa que é de uva”, “senta que é de menta”, “relaxa que é de borracha” “vem com os peitos”, “vem de bundinha” e “infinca, infinca, infinca”, nunca fizeram parte do nosso repertório. Mas, infelizmente, isto virou moda. Este ano, não fosse a colaboração da força política oposicionista em Massapê, o Chitão dos Pobres, ano passado, teria dado seu último adeus. Doze, foram os motivos para o fracasso de público (vinte e nove pagantes), da 64ª edição do Chitão dos Pobres, realizada no dia 21 de julho de 2012, senão vejamos: 1. Como de praxe, a prefeitura de Massapê contribui com substancial ajuda financeira, e esse ano, não colaborou; 2. Os festejos religiosos de 15 a 25 de julho da padroeira da vizinha cidade Santana do Acaraú, culminou com as apresentações de três bandas de destaque nacional, este ano antecipada para o dia 21; 3. A mais recente casa de espetáculos, denominada Quadra do Bar do Ánderson, abriu suas portas para uma animada suwingueira, no dia 21; 4. A mais nova banda de forró de Massapê Caboclo & Forró Bom de Dançar, animou um chitão no distrito Pé-da-Serra, no dia 21; 5. Na localidade Campestre, a banda Chapéu de Massa abrilhantou uma festa, realizada no dia 21; 6. O sanfoneiro Doré do Acordeon de Sobral, se apresentou no distrito Meruoquinha, no dia 21; 7. O grupo musical Companheiros da Noite alegrou os dançarinos que se deslocaram até a localidade Riacho Fundo, no dia 21; 8. A dupla Xixico & Alan animaram grande festa na localidade Grossos, no dia 21; 9. No distrito Padre Linhares, Não Sei Quem, tocou e animou mais uma festa, no dia 21; 10. O Super Som do DJ Moura fez som mecânico em ritmo de festa junina, no restaurante Recanto do Carneiro, no dia 21; 11. Em Padre Linhares Os Morenões do Forró animaram mais um chitão. 12. Um grupo musical de forró pé-de-serra, de nome vulgar Forró Chapéu de Rola, se apresentou no distrito Ipaguassú-Mirim, no dia 21; O filho do Garcia, queria porque queria, realizar um chitão na Quadra do Garcia, que foi adiada à meu pedido, pois realizar-se-ia, no dia 21. Até bem pouco tempo, os promoventes de festas respeitavam e cumpriam, a rigor, o calendário junino oficial estabelecido, como por exemplos, o Chitão dos Pobres que há 64 anos promove sua festa sempre no 3º sábado de julho e o Chitão do Centro Social Massapeense, no 1º sábado. Tantas festas assim, coincidentemente realizadas no dia 21 de julho, quiçá, com ajuda de políticos, face ao atual pleito eleitoral municipal, corrobora com a assertiva de um velho adágio popular que diz: “O sol nasce para todos”. A indagação que se faz é: atrapalha ou não atrapalha? É evidente que atrapalha. Como paradigma, cito um exemplo: o morador do Campestre não vem para a minha festa, entretanto, o da sede poderá ir até lá. E alguns foram. É o caso da família dos irmãos do Zé Wilson e Totonho da Várzea da Cruz, radicada em Belém do Pará, que todo ano vem para o Chitão dos Pobres. Ano passado eles compraram 32 ingressos, o garçom com 6 mesas formou mesa única e deixaram no caixa a importância de R$ 850,00 Reais. Este ano, à convite de um promovente de festas, eles foram para o Chitão daquela localidade, o Campestre. Em conversa informal com o empresário Cleiton Carneiro de Sobral, cedi a marca “Chitão dos Pobres” ao próprio, para que promovesse todos os anos, a nossa festa. Ele foi relutante (e com razão), em tentar antecipar a data para realização do Chitão dos Pobres, pois não seria louco concorrer com os festejos de Santana do Acaraú. As pressas, mantive contato com os promoventes de três tradicionais eventos: o Chitão da Raiz, o Arraiá das Estrelas e o Chitão do Centro Social Massapeense (notadamente com Expedito Filho e Ronaldo Vasconcelos). Eles não realizaram suas respectivas festas e não autorizaram eu antecipar a minha – o Chitão dos Pobres. Eu tenho certeza que eles não agiram de má fé. Se tiver que apontar um culpado, foi o público cativo que infelizmente não compareceu ao Chitão dos Pobres. E a festa acabou...
Ferreirinha, segunda-feira, 27 de julho de 2012.
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