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11 de junho de 2010

DE ESPERANÇA A DESESPERO

Quem vive na política ou que dela participa, tem observado os fatos e boatos envolvendo alguns políticos cearenses nos momentos que antecedem as convenções para definir os candidatos às eleições no Estado do Ceará.

O anúncio inesperado do senador Tasso Jereissati de "arrumar" o seu PSDB aos frangalhos na tentativa de lançar um nome ao governo do Estado mostra o que ontem era gentileza, hoje é desprezo.

"O desprezo é a forma mais sutil de vingança", já dizia Baltazar Gracian. No desespero e no perigo, as pessoas aprendem a acreditar no milagre. O PSDB cearense, sem ideologia e coerência, deveria está no lugar que o povo o colocou em 2006. Agora vai para o tudo ou nada. É, na verdade, uma atitude própria de quem perdeu a esperança.

Aliás, a esperança é toda a tendência para um bem futuro e possível, mas incerto. É uma tensão própria de quem se sente privado de um bem ardentemente desejado mas que julga poder alcançar por si mesmo ou por outrem.

Tasso quando estabeleceu o dia 10 de junho para fazer o comunicado do rompimento, deveria ter decidido e lançado um candidato. É o partido das incógnitas!

O PT, principal partido aliado de Cid, não admite em hipótese alguma apoio a Tasso e nem tampouco, aceita o PSDB no palanque do governador.

Por ocasião da reunião de hoje, a tensão elevou-se! Um dos momentos mais embaraçosos que serviram para iniciar o suposto rompimento do partido com o governador Cid Gomes foi quando leram uma nota oficial do Partido Socialista Brasileiro-PSB de Fortaleza, onde os seus militantes e simpatizantes proibiam veemente qualquer tipo de aliança com o PSDB e avisavam que o partido de Cid não aceitaria um acordo para apoiar à reeleição de Tasso. Foi um estopim à prova de fogo.

Se depender de Cid, da prefeita de Fortaleza, e do PT de Lula, será impossível. Paralelamente, crescem as especulações de que se ninguém do PSDB aceitar sair candidato, o senador tucano poderá vir apoiar o ex-governador Lúcio Alcântara.

Caso venha acontecer tal impropério, terei que terminar essa minha postagem dizendo o seguinte: Político é um animal de primoroso senso de oportunismo que não deve ser confundido com senso de oportunidade; e "o amigo a nos carregar nos braços, hoje, é o mesmo que, amanhã, pode nos enforcar no dobrar da esquina", baseado no versinho de Maquiavel
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