31.07.2019 - A Polícia Federal (PF), em cooperação com o
Ministério Público Federal, deflagrou nesta 4ª feira (31.jul) a 62ª fase da
Lava Jato, operação batizada de “Rock City”. O principal alvo é o Grupo
Petrópolis, que produz cervejas e outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas.
Cerca de 120 policiais federais cumpriram 1
mandado de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária e 33 mandados de
busca e apreensão em 15 diferentes municípios. Os mandados foram expedidos pela
13ª Vara Federal de Curitiba (PR).
A suspeita é de que empresas relacionadas à
construtora realizavam transferências ilegais para offshores do Grupo
Petrópolis, que disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para doações
eleitorais e para o pagamento de propinas a funcionários públicos da Petrobras
e da administração pública brasileira e estrangeira.
Ainda segundo a PF, 1 dos executivos da
Odebrecht afirmou em delação premiada que utilizava o grupo para realizar
doações de campanha para políticos no período de outubro de 2008 a junho de
2014. A ação teria resultado em dívida de R$ 120 milhões da Odebrecht com a
Petrópolis. Para compensar, a construtora investia em negócios do grupo.
O grupo também é investigado por lavagem de
dinheiro. Um dos executivos da Petrópolis teria apresentado, em 2017,
declaração falsa de que esse dinheiro era oriundo de atividades lícitas –a
regularização teria sido feita por meio do Regime Especial de Regularização
Cambial e Tributária. Os valores chegaram a mais de R$ 1,3 bilhão.
Há indícios, porém, de que irrregularidades
no processo. O dinheiro não poderia ser regularizado em razão da suspeita de
que os valores seriam provenientes da prática de caixa 2 na empresa. As
informações é de que havia “1 sofisticado esquema de sonegação tributária” que
contava com a burla de medidores de produção de cerveja, que era vendida a
pequenos comerciantes em espécie –sendo esses valores entregues a executivos da
Odebrecht.
Foi determinada ordem judicial de bloqueio de
ativos financeiros dos investigados. Os presos serão levados para a
Superintendência da Polícia Federal no Paraná, onde serão interrogados.
Poder 360
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